São Paulo, quinta-feira, 11 de junho de 1998
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Seleção brasileira

CARLOS SARLI

Há dez anos Fábio Gouveia conquistava o título mundial de surfe amador, resultado que somado ao seu quinto lugar no circuito mundial profissional em 92 e suas cinco vitórias em etapas do WCT, o coloca como o melhor surfista de competição brasileiro no cenário mundial.
À época do título em Porto Rico, Fabinho, com 18 anos, quase desistiu da disputa para se profissionalizar. Para sua e nossa sorte adiou a decisão.
Suas metas neste ano são o inédito título brasileiro e voltar à elite mundial. Mas mais importante do que os resultados que ainda possa somar, foi a abertura que este paraibano simples e simpático deu ao surfe brasileiro no exterior.
As regras mudaram. A partir de 96 o mundial amador passou a se chamar ISA World Surfing Games e, visando a inclusão do esporte na Olimpíada, permitiu a participação de profissionais.
O Brasil, com bom trabalho de base, continua priorizando os amadores para essa disputa, convidando apenas um profissional (o melhor do ranking do WCT), entre os quatro participantes da categoria principal, a Open, sem limite de idade.
O ISA, que será disputado em outubro em Portugal, conta ainda com as categorias júnior (até 18 anos), mirim, iniciantes, master (acima de 35), feminino, e as modalidades longboard, kneeboard (surfe de joelhos) e bodyboard.
O circuito brasileiro irá definir os campeões amadores do país em agosto (quatro das seis etapas já foram realizadas). Depois, uma seletiva só com os 16 melhores irá definir o time para o mundial.
O paulista Danylo Grillo, 17, é o destaque até agora. Líder na júnior e segundo na Open, seu objetivo é ajudar o Brasil a conquistar o inédito título por equipes (foi vice nas duas últimas versões), e gravar seu nome ao lado de Nat Young, Tom Curren, Damien Hardman, Taylor Knox e Fábio Gouveia.

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