São Paulo, quinta-feira, 11 de junho de 1998 |
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Brasil vence com gols de ombro
MARCELO DAMATO; ALEXANDRE GIMENEZ; MÁRIO MAGALHÃES
Dois gols feitos de ombro deram ontem a vitória ao Brasil por 2 a 1, contra a Escócia, na abertura da 16ª Copa do Mundo de futebol. No segundo tempo, após um empate de 1 a 1 no primeiro, a seleção brasileira obteve o seu triunfo com a entrada de Leonardo e Denílson -nos lugares de Giovanni (no intervalo) e Bebeto (25min), respectivamente. O jogo foi realizado no Stade de France, na periferia de Paris. A equipe brasileira chegou aos três pontos no grupo A da competição. Classificam-se para as oitavas-de-final dois times por grupo. O jogo de ontem teve raros momentos de equilíbrio. Os brasileiros começaram arrasadores, cederam o domínio a partir da metade do primeiro tempo e, no segundo, foram quase sempre superiores. Até os 20min, o Brasil jogou, como em pouquíssimos momentos do Mundial de 94, atacando, pressionando, buscando o gol. Aos 4min, o meia defensivo César Sampaio marcou o gol mais rápido da seleção brasileira na história das suas 16 estréias em Copas. Depois de um chute de Dunga, que bateu num adversário e foi para escanteio, Bebeto cobrou da esquerda, no primeiro pau (a trave mais próxima do cobrador do córner). Sampaio entrou para cabecear e marcou de ombro. O time prosseguiu em alta rotação: Rivaldo chutou de fora da área e o goleiro Leighton defendeu; o líbero Hendry, assustado com a proximidade de Ronaldinho, quase fez contra; Roberto Carlos chutou de esquerda e Leighton espalmou. Num lance exemplar de como o Brasil de 98 joga mais à frente do que o de 94 (não necessariamente jogando melhor), Dunga, no ataque, cruzou da esquerda para César Sampaio cabecear. Em tese, seriam dois defensores. Aos 19min, num dos lances mais empolgantes da partida, Ronaldinho driblou Hendry, passou por Boyd e voltou a driblar Hendry, chutando cruzado -o goleiro escocês espalmou. Minutos depois, a seleção brasileira recuou. Aos 37min, César Sampaio empurrou o atacante Gallacher na área. O árbitro espanhol Jose-Garcia Aranda marcou pênalti, convertido por Collins. No segundo tempo, com Leonardo aumentando a velocidade da seleção e Denílson driblando, o Brasil pressionou. Mesmo com os canhotos Rivaldo, Leonardo e Denílson no meio e no ataque, o gol saiu de um lançamento do destro Dunga para o lateral Cafu, que entrava pela direita, aos 28min. Cafu tocou na bola, o zagueiro Boyd voltava para seu gol correndo e, de ombro, jogou a bola para dentro. (MARCELO DAMATO, ALEXANDRE GIMENEZ e MÁRIO MAGALHÃES) Texto Anterior: O primeiro impacto Próximo Texto: Lance a lance Índice |
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