São Paulo, sexta-feira, 12 de junho de 1998
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Fifa proíbe minuto de silêncio em homenagem a ditador da Nigéria

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Fifa, entidade que dirige o futebol mundial, negou ontem pedido da Nigéria para que fosse respeitado um minuto de silêncio no jogo contra a Espanha, amanhã, na estréia da equipe africana na Copa do Mundo. Seria uma homenagem ao ditador Sani Abacha, morto na última segunda-feira.
Por outro lado, a Fifa atendeu a outras duas solicitações feitas pela delegação nigeriana e permitiu que a bandeira do país fosse hasteada a meio pau e que seus jogadores pudessem atuar com tarjas pretas na manga da camiseta.
O general e ditador Abacha, como acontecia em todos os setores do país, também era "dono" da seleção da Nigéria, dando palpites inclusive na parte técnica. Sua morte foi muito sentida pelos jogadores africanos.
Kanu recuperado
A boa notícia para o técnico Bora Milutinovic foi a recuperação do atacante Nwankwo Kanu, que vinha sofrendo problemas estomacais. Ontem, o jogador da Inter de Milão participou do treinamento do time e tem participação garantida contra os espanhóis.
O treinador da seleção africana tem procurado manter em segredo a escalação da equipe para o jogo de amanhã. Nos últimos treinos, Bora Milutinovic tem feito diversas alterações no time titular, sem demonstrar satisfação com nenhuma das formações.
Além das questões táticas, Milutinovic enfrenta também problemas de contusão. O caso mais grave é o do atacante Amokachi, que sofreu uma torção no joelho em um treina nesta semana e deve desfalcar o time no primeiro jogo.
Mas o problemas internos da equipe ainda não terminaram. O atacante Ikpeba, que pediu desculpas por ter criticado alguns de seus companheiros, disse ontem que deve abandonar a seleção depois da Copa do Mundo.

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