São Paulo, sexta-feira, 12 de junho de 1998
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Mórmon revê passado

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A Igreja Mórmon não está considerando a possibilidade de se desculpar pelo fato de, durante 148 anos, ter considerado os negros espiritualmente inferiores.
O líder nacional dos mórmons, Gordon Hinckley, tratado como profeta pelos fiéis, diz que em 1978 sua igreja modificou essa posição e garantiu a todos os homens "dignos" a possibilidade de serem pastores. "Essa decisão fala por si."
A Associação Histórica Mórmon vem liderando a pressão por um pedido formal de desculpas. Mas na mais recente reunião do grupo, na semana retrasada, cinco dirigentes negros se alinharam com a cúpula da Igreja Mórmon.
"Isso é assunto velho. Ninguém deve se preocupar com assuntos velhos", diz um deles, Bryan Powell.
Os mórmons afirmaram que os negros descendem de Caim (o filho de Adão e Eva que matou o irmão Abel) e de Cam (o filho de Noé que cometeu grave pecado ao olhar o pai nu em sua tenda), o que explicaria sua inferioridade espiritual.
Outra crença abandonada pelos mórmons era a de que negros incorporaram espíritos que lutaram do lado de Deus na batalha celestial entre o Bem e o Mal, mas que eles se comportaram menos corajosamente que os brancos.
(CELS)

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