São Paulo, sexta-feira, 12 de junho de 1998
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Caixa dois; Paulo Maluf; Contribuição permanente; Ameaça nuclear; Horóscopo; Colunista da Copa; Bairrismo; F-1 abandonada; Juízes classistas; Código de trânsito

Caixa dois
"Caso o sr. Luiz Inácio Lula da Silva consiga demonstrar de forma irrefutável o uso da privatização da Telebrás para a formação do caixa dois da campanha de FHC, terá não apenas o meu voto, como o de dezenas de milhões de brasileiros que admiram a honestidade, a coragem e a integridade.
Porém, se ele não conseguir provar, terá apenas o meu voto no júri que o condenará por calúnia e injúria, quanto mais não seja para manter longe da Presidência da República irresponsáveis que assacam acusações que não possuem fundamento."
Decio Luiz Gazzoni (Londrina, PR)

Paulo Maluf
"É curioso observar a repercussão dos resultados das pesquisas eleitorais. Recentemente, um famoso instituto divulgou uma pesquisa na qual constatou-se que o governador Mário Covas caíra dois pontos percentuais. Contudo não foi vista em nenhum órgão da imprensa falada ou escrita nem sequer uma reportagem ou matéria comentando o assunto.
Porém, quando o candidato a governador Paulo Maluf caiu dois pontos, jornais estamparam em suas manchetes: 'Queda vertiginosa de Maluf' e 'Maluf despenca nas pesquisas'.
Até quando veremos, por parte de certos setores da mídia, tamanha imparcialidade e perseguição ao ex-prefeito Paulo Maluf, que ainda lidera todas as pesquisas de opinião pública?"
Sérgio Ricardo Tannuri (São Caetano do Sul, SP)
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"Dizem que, quando a pessoa fica senil, ela volta a ser criança. Isso parece ser verdade, porque Paulo Maluf, sem ter nada mais interessante para fazer, resolveu passar um trote na Polícia Militar de São Paulo fingindo que estava sendo assaltado. Os policiais chegaram, e ele, com sua cara-de-pau costumeira, disse que aquilo era só um teste!"
Daniel Rogério Machado de Ávila (Porto Alegre, RS)

Contribuição permanente
"Tento encontrar uma resposta diversa para a inatividade do Supremo Tribunal Federal (corte constitucional) e do Ministério Público Federal (instituição defensora da sociedade e do ordenamento jurídico) em face da absurda inconstitucionalidade da CPMF (Contribuição Provisória -ou 'Permanente?'- sobre Movimentação Financeira), que não vem sendo aplicada conforme a sua destinação, mas constato que é a subordinação política ao governo. Que pena!"
Getúlio Silva Ferreira de Faria (Uberaba, MG)

Ameaça nuclear
"O ringue está montado. Lutadores: Índia x Paquistão. Juiz da grande luta: Organização das Nações Unidas. Assistentes na platéia: todos os habitantes do planeta. Atenção senhores dirigentes das maiores nações do mundo: não consintam que o planeta Terra seja reduzido ao silêncio, como parece que aconteceu com o planeta Marte.
A Nasa sabe de tudo, mas não quer informar ao mundo sem ter certeza do que aconteceu.
Ponham de lado o poderio atômico, antes que seja tarde demais."
Lino Ferreira da Silva (São Paulo, SP)

Horóscopo
"A Folha tinha a melhor astróloga do Brasil, com prognósticos otimistas, bastante técnicos, convincentes: Claudia Hollander.
Agora cometeu um grande erro em trocá-la por Oscar Quiroga, vindo do 'Estadão', em que ninguém lia seus prognósticos pessimistas, que produzem exatamente o contrário, ou seja, abaixam o astral."
Luiz Fernando Henrique Santos (Ituverava, SP)

Colunista da Copa
"Quero parabenizá-los por manter em seus quadros o jornalista Clóvis Rossi. Além da grande perspicácia e capacidade de síntese das questões políticas, sociais e econômicas atuais, demonstra também entender -e muito- de futebol."
Aristóteles de Aleluia Júnior (São Paulo, SP)

Bairrismo
"Nunca vi um jornal tão bairrista quanto a Folha. Peca lamentavelmente nas páginas esportivas. O jornal gasta páginas inteiras falando sobre equipes de outros países, até sobre torneios de pingue-pongue, mas nunca fala nada quando times mineiros vencem os times de São Paulo.
Abaixo o bairrismo! Vocês têm o melhor jornal do país nas mãos."
Fernando Rodrigues (Belo Horizonte, MG)

F-1 abandonada
"Considero lamentável a forma como a Folha deu cobertura a uma das melhores e mais emocionantes corridas de Fórmula 1 dos últimos tempos (o GP do Canadá). Em tempos de Copa do Mundo, nós, amantes do automobilismo, temos que nos contentar com as migalhas."
André Luiz Lui Lopes (São José do Rio Preto, SP)

Juízes classistas
"Tramitando no Senado Federal e em via de ser votada em primeiro turno se acha o projeto de emenda constitucional destinada à extinção da famigerada representação classista na Justiça do Trabalho.
Tratando-se de uma aberração que vem sendo mantida em nossa estrutura judiciária trabalhista, mercê da fortíssima ação lobista dos que dela se beneficiam, consome, anualmente, dos cofres da União a bagatela de US$ 300 milhões. Não se justifica a existência dos juízes classistas, que nada, absolutamente nada, fazem.
Um juiz classista de TRT, que não tem formação jurídica nem preparo para o exercício do cargo (valendo-se permanentemente de um assessor), perceberá a partir da promulgação da reforma administrativa a remuneração mensal de R$ 10.800. Para nada fazer! Sim, porque o verdadeiro juiz é o seu assessor!
Os 'juízes' classistas, além disso, continuam a se aposentar com apenas cinco anos de 'serviço', a despeito da medida provisória corajosamente editada pelo presidente FHC.
É que os TRTs continuam a lhes conceder a inatividade, com todos os direitos tradicionais, ao argumento de que a MP, mensalmente reeditada, perde a validade ao fim de cada trintídio, retroagindo seus efeitos ao dia de seu advento."
Abelmar Barreira de Melo (Recife, PE)

Código de trânsito
"Em atenção à carta do leitor Fabricio Samahá ('Painel do Leitor', 1/6), com críticas ao Contran, fazemos os seguintes esclarecimentos: o Contran regulamentou que, para a obtenção do documento denominado 'autorização' para condução de ciclomotores, um dos requisitos é a idade de 14 anos.
Deve o leitor observar que o conceito de ciclomotor é estabelecido por lei. Para condução desse veículo é necessária 'autorização', e não 'habilitação' ou 'permissão para dirigir'. A imputabilidade penal é requisito para a 'habilitação', e não para a 'autorização'.
Sem dúvida a inspeção veicular é um anseio da sociedade e certamente trará benefícios. Não houve omissão por parte do Contran, e sim o estabelecimento de prazo para implantação.
Quanto à punição de pedestres, a autoridade executiva (estadual, municipal ou rodoviária) é que deve buscar formas legais de operacionalizar a cobrança da penalidade (multa)."
José Roberto de Souza Dias, diretor do Denatran -Departamento Nacional de Trânsito (Brasília, DF)

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