São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998 |
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Persiste o pessimismo em relação a desemprego
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Esse percentual é ainda maior nas regiões mais atingidas pelo problema. No Estado de São Paulo, 3 a cada 4 eleitores (75%) conhecem um demitido. Na capital paulista a taxa é recorde: 78%. E, se é uma questão que atinge diretamente a maioria das pessoas, também é algo que não deve ter solução no curto prazo -ao menos na opinião do próprio eleitorado. Para 60%, o desemprego deve aumentar ainda mais. O único dado positivo em relação ao tema é que esse pessimismo está em queda: o percentual dos que prevêem o aumento do desemprego era de 70% em dezembro passado, caiu para 63% em março, oscilou para 64% em abril e voltou a cair agora, para 60%. Isso não se refletiu na avaliação que os eleitores fazem do Plano Real: como em maio, são 47% os que acham que ele é ótimo ou bom. Apesar de alta, essa aprovação é a menor que o plano já recebeu desde o seu lançamento. O pessimismo se estende à situação econômica do país: 25% acham que ela vai melhorar, mas 29% acreditam no contrário. A maior parcela, 39%, acha que ficará como está. Os eleitores são mais otimistas, entretanto, em relação à sua situação econômica particular: 38% acreditam em uma melhora, contra 18% que prevêem um futuro pior de sua economia doméstica. Também são positivas as expectativas de consumo declaradas: 29% do eleitorado afirma que pretende consumir mais nos próximos seis meses, em relação ao período anterior; 44% planejam consumir a mesma quantidade, e 26%, menos. (JRT) Texto Anterior: 40% admitem mudar o voto até eleição Próximo Texto: 19% dizem ter deixado de pagar alguma conta Índice |
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