São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998 |
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Eletronorte diz que 'filosofia é diferente'
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM A posição do consultor Raymundo Ruy Bahia, contrária à construção do linhão Tramoeste, é só uma questão de "filosofias diferentes".É dessa forma que o diretor regional de produção e comercialização da Eletronorte (Centrais Elétricas do Norte do Brasil), Yvonaldo Nascimento Bento, responde às críticas ao projeto. Tanto o linhão quanto a duplicação da usina de Tucuruí são consideradas prioridades para a Eletronorte. As duas obras fazem parte do "Programa Brasil 2000", que investirá cerca de R$ 4 bilhões no setor energético da região Norte. Para Bento, o projeto vai ao encontro do interesse de vários setores empresariais em investir no oeste do Pará. "Existem, pelo menos, 30 entidades ligadas à Fiepa (Federação das Indústrias do Pará) que planejam desenvolver mais negócios nas cidades que o linhão beneficiará", afirmou o diretor da Eletronorte. Regionalização Quanto à priorização excessiva às hidrelétricas, o diretor afirma que estudos alertam para um possível racionamento de energia no Norte, que justificam o linhão. "Não poderíamos ficar esperando a construção do gasoduto Brasil-Bolívia ou tornar-se viável a petrolífera Urucu/Juruá", afirmou Bento. A respeito dos prejuízos ecológicos que, de acordo com Ruy Bahia, seriam provocados pela construção das hidrelétricas, o diretor da Eletronorte disse que as termelétricas também prejudicam o meio ambiente poluindo a atmosfera. Texto Anterior: FHC inaugura obras em viagem ao Pará Próximo Texto: Segundo pesquisador, linhão só seria necessário em 2015 Índice |
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