São Paulo, domingo, 14 de junho de 1998 |
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Desenho do Eclipse ainda atrai olhares Carro vai de 0 a 100 km/h em 8,27 s HENRIQUE SKUJIS
O enorme aerofólio na traseira e a bolha do lado esquerdo do capô dão ao cupê japonês um visual esportivo pra lá de chamativo. Além do efeito estético, os dois detalhes têm outra função: o aerofólio ajuda a grudar o carro no chão em altas velocidades -a máxima, segundo a Mitsubishi, é de 225 km/h-, e a bolha serve para abrigar o motor sob o capô. Mas a esportividade do cupê japonês vai além de seu desenho. No teste feito pela Folha e pelo Instituto Mauá de Tecnologia, o motor turbinado de 1.997 centímetros cúbicos, 16 válvulas e 213 cv de potência levou o carro aos 100 km/h em 8,27 segundos. Não é uma marca que faça jus ao seu corpo, mas não deixa de passar muita esportividade para quem está ao volante e para o passageiro do banco dianteiro. Os dois passageiros traseiros podem até sentir a emoção da velocidade, mas, com certeza, estarão em apuros para encontrar espaço para a cabeça e para as pernas. As retomadas de velocidade também são rápidas, apesar de, novamente, não representarem o que o desenho do carro supõe. Para ir de 40 a 120 km/h, o Eclipse precisou de 12,59 segundos. O Galant, sedã luxuoso da marca japonesa, usou 13,13 segundos. Altura Na cidade, diferentemente do que normalmente acontece com carros esportivos multiválvulas e turbinados, o motor agrada. O turbo entra em ação em baixos giros -1.500 rotações por minuto (rpm). Logo a 3.000 rpm, o motor atinge seu torque (força) máximo. Isso proporciona precisão, evitando engasgos em retomadas de velocidades menos elevadas. Nas trocas de marchas, o ponteiro do conta-giros não desce, mostrando que o motor continua cheio, à espera de mais aceleração. O maior senão para a condução do Eclipse na cidade é sua altura em relação ao solo. A carroceria fica a um palmo do chão. Assim, entrar e sair de garagens é uma tarefa penosa para o motorista: a parte de baixo do carro, principalmente a saia dianteira, raspa com extrema facilidade no piso, castigando o cárter e outras partes mecânicas do carro. Ao estacionar e fazer manobras, o motorista vai enfrentar problemas com a visibilidade traseira e com o pouco giro das rodas. Câmbio Apesar de engates precisos e suaves, a alavanca de câmbio tem um curso longo para a esportividade desejada e ostentada. Além disso, a embreagem dura cansa a perna após longo tempo ao volante. Outro problema: quando a primeira, a terceira ou a quinta marchas estão engatadas, a alavanca fica colada ao sistema de som, dificultando o seu uso. É preciso mudar a marcha para poder mexer na maioria dos botões. O restante dos comandos do painel tem boa visibilidade e fácil acesso. O conta-giros é tão grande quanto o velocímetro. O Eclipse, que custa US$ 51,9 mil, oferece airbag (bolsa de ar que infla em caso de colisões dianteiras), ar-condicionado e acionamento elétrico para vidros, travas e retrovisores. Opcionalmente, é possível ter ainda freios antitravamento ABS, teto solar elétrico, toca-CDs e bancos em couro. O preço sobe para US$ 58,59 mil. (HS) Texto Anterior: Buenos Aires promove salão de automóveis; Veículos importados têm 6,9% do mercado; Preço de carro usado sofre queda de 2,18%; Mercado de motos bate recorde em maio; Gol, Parati e Saveiro ganham airbag 'suave'; Volks lança uma série especial do Polo Classic Próximo Texto: Porsche chega ao tricampeonato na 66ª edição da prova Índice |
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