São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998 |
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TCU aprova contas e poupa o governo
SILVANA DE FREITAS
O relator, ministro Humberto Souto, poupou o governo de críticas a programas específicos. "Evitei dar opiniões políticas. Não cabe ao TCU avaliar as opções do presidente da República." O parecer inteiramente favorável às contas do governo representa um recuo do TCU, que normalmente faz ressalvas sobre assuntos polêmicos. Ano passado, o tribunal considerou que o governo havia reduzido em 51,8% os gastos com saúde e saneamento entre 1995 e 1996, mas o governo contestou a informação, acusando o órgão de contabilizar duas vezes algumas despesas. O TCU é o órgão de auxílio do Poder Legislativo na fiscalização das contas da União. Souto propôs ontem apenas recomendações como a necessidade de o governo investir mais em ações preventivas de saúde e de solucionar o financiamento do setor após a extinção da CPMF. O relatório do TCU apontou elevação de 16,2% nos gastos com saúde e saneamento e de 4,6% nas despesas com educação e cultura. O ensino superior recebeu cerca de 55% dos recursos orçamentários do Ministério da Educação. O parecer prévio será entregue amanhã ao presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), para a apreciação parlamentar. Na análise do desempenho da economia, o TCU considerou que as duas metas da política fiscal em 1997 não foram atingidas: estabilizar a proporção entre a dívida pública líquida e o PIB (Produto Interno Bruto) e obter superávit primário de 1,5% do PIB. Para o TCU, a dívida pública líquida passou a representar 34,2% do PIB, com um aumento de três pontos percentuais em relação a 1996. Em vez do superávit primário (receitas menos despesas, sem contar juros) de 1,5% do PIB, houve déficit primário de 0,68%. Texto Anterior: Presidente conclui equipe de campanha Próximo Texto: FHC deve ir a 3 convenções no sábado Índice |
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