São Paulo, quarta-feira, 17 de junho de 1998
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Quando o goleiro é a principal ameaça

MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE

A Copa-98 mostra que algumas seleções desprezam conscientemente a cartilha, hegemônica entre os técnicos, que manda privilegiar a posse de bola. Entre elas, está o mais temível adversário do Brasil na primeira fase.
Talvez porque careçam de qualidade na troca de passes, Bélgica, África do Sul, Paraguai e Noruega orientam seus goleiros a despachar a bola para o campo de ataque. Eles fazem 30 reposições desse tipo por jogo, quando a média do torneio é de 14,7 (o número de Taffarel, do Brasil, é 12).
No caso de paraguaios e sul-africanos, fraquíssimos, vale o deus-dará. Mas, no caso de belgas e noruegueses, a jogada é bem ensaiada -os atacantes funcionam como pivôs, escorando de cabeça os chutes do goleiro.
Preocupação para Zagallo: o norueguês Grodas é quem executa o recurso com mais eficiência. Diante do Marrocos, 24 de suas 35 reposições buscaram o ataque -15 delas (63%), com sucesso.
Curiosidade: o mexicano Jorge Campos e o holandês Van der Sar são os mais reservados. Usaram a "ligação direta" em apenas 3% das situações, e erraram todas.

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