São Paulo, sábado, 20 de junho de 1998
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1º e 2º graus terão reajuste após eleição

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA SUCURSAL DO RIO; DA AGÊNCIA FOLHA

O reajuste salarial para servidores de universidades e professores de 1º e 2º graus de instituições federais deverá ser concedido depois das eleições de outubro.
A Folha apurou que, ao contrário do que prometeram líderes governistas, o governo não pretende enviar ao Congresso na próxima semana projetos de lei prevendo aumento salarial.
A assessoria de imprensa do MEC informou que desconhece a existência de outros projetos a não ser aquele que prevê a gratificação dos professores universitários.
Apenas o projeto de gratificação dos professores universitários, enviado na semana passada ao Congresso, tem chance de ser votado na quarta-feira, na Câmara.
A Andes (sindicato dos professores) defende a retirada do projeto de lei do governo da pauta de votação do Congresso e quer negociar outra proposta de reajuste salarial para a categoria com o MEC.
Retorno às aulas
A presidente da entidade, Maria Cristina de Morais, afirmou também que desconhece decisões oficiais de retorno às aulas tiradas em assembléias das universidades. Somente no início da próxima semana é que haverá nova rodada de assembléias nos Estados.
O MEC divulgou ontem uma lista em que sete instituições federais de ensino superior decidiram pelo retorno às aulas na segunda-feira. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte deverá suspender a paralisação na próxima quinta-feira.
A assessoria de imprensa da UnB (Universidade de Brasília) informou que os professores de três departamentos -Economia, Antropologia e Administração- além do Instituto de Física voltam a dar aulas na segunda-feira.
Apesar dos apelos dos governistas para o término da greve de fome, os professores afirmam que só suspendem o jejum após uma solução para o impasse.
Ontem, a professora Celi Taffarel, tia do goleiro Taffarel da seleção brasileira, decidiu sair do jejum.
As associações dos docentes da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), da UFF (Universidade Federal do Rio), da UFRuRJ (Universidade Federal Rural do Rio) e da Uni-Rio (Universidade do Rio) decidiram ontem, em diferentes assembléias, manter a greve dos professores.
A Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) confirmou, em assembléia ontem, a intenção de voltar às aulas segunda-feira.
Foi enviado à imprensa cópia da nota que deve ser publicada nos jornais locais, informando da decisão e convocando os estudantes da faculdade a retornar às aulas. A nota faz a ressalva de que os alunos devem ter "ciência de que há professores que continuam em greve".

Colaboraram Sucursal do Rio e Agência Folha

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