São Paulo, domingo, 21 de junho de 1998
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Código de trânsito abre novas frentes

ADRIANA SOUZA SILVA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Há seis meses da implantação do Código de Trânsito Brasileiro, começam a surgir no mercado de franchising novas empresas que, pegando carona na nova legislação, esperam faturar muito com a expansão de suas marcas.
Aberta em abril, em São Paulo, a Multauto é especializada em recorrer de multas aplicadas sobre as infrações no trânsito. "Nesse período, já enviamos cerca de 2.000 recursos para o Detran", conta Daniel Roesler, 26, diretor do negócio.
Pagando uma taxa anual de R$ 189, os clientes da Multauto contam com assessoria técnica e jurídica sobre o assunto.
O cliente envia a multa via fax, e a empresa elabora a apelação para ser enviada à Jari (Junta Administrativa de Recursos e Infrações) -filiado ao Detran, DER e DSV.
Com mais de 600 pessoas cadastradas, a Multauto chega a um faturamento mensal de R$ 290 mil, número que promete aumentar após a entrada da marca para o sistema de franchising, neste mês.
Com investimento mínimo de R$ 55 mil, cada unidade franqueada será responsável apenas pela conquista de novos clientes na região e o encaminhamento da multa à central da empresa.
Vistoria
O ramo de vistorias em veículos é outro que promete esquentar o mercado de franquias.
Para o presidente do grupo Linces, Marco de Lucca, 41, as exigências do novo código vai dar origem a motoristas mais prudentes. "Diminuindo a taxa de sinistro, o preço do seguro cai, aumentando o número de consumidores."
A Linces -que está presente em 15 Estados- é uma franquia especializada em vistorias de veículos para seguradoras de automóveis.
Para Lucca, unidades de atendimento direto ao público poderão ser criadas, já que, pelo novo Código de Trânsito Brasileiro, caberá ao dono do veículo providenciar a vistoria em firmas particulares.
Antes a vistoria era realizada pelo Detran no momento do licenciamento. As firmas que pretendem prestar esse serviço público ainda serão selecionadas.

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