São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 1998
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ACM avisa que governo anunciará mais medidas contra desemprego

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A liberação de R$ 7 bilhões para construção civil, a ser anunciada hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, não esgota o pacote de medidas destinadas a reduzir o índice de desemprego -principal problema que FHC enfrenta na campanha.
"Outras medidas para atenuar esse problema serão tomadas, não importa que seja no período da campanha: o país não pode parar por causa do período eleitoral", disse ontem o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), um dos principais conselheiros da reeleição.
A meta do governo e do comando da campanha é chegar ao final da disputa eleitoral com uma taxa de desemprego inferior a 7%. O porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, confirmou que haverá mais medidas.
As mudanças que FHC anuncia amanhã na área de habitação devem incluir subsídios para as pessoas de baixa renda financiarem a compra da casa própria.
A Folha apurou que o subsídio deverá ser concedido para quem ganha até R$ 390 (três salários mínimos).
O subsídio será direto. Isto é, quem tiver baixa renda e quiser comprar, por exemplo, uma casa de R$ 15 mil, irá pagar à CEF (Caixa Econômica Federal) um valor menor. Poderia pagar, por exemplo, apenas R$ 13 mil, mas o custo do empréstimo seria de 8% (juros de 6% mais 2% de taxa de risco).
O limite de renda salarial para financiamentos da casa própria com recursos do FGTS deve subir dos atuais R$ 1.560 para R$ 2.600 (de 12 para 20 salários mínimos).
Hoje, os empréstimos com recursos do FGTS têm duas faixas salariais: até três salários mínimos e até 12 salários mínimos. Essas faixas acabam. Quem ganha entre R$ 390 e R$ 650 paga juros de 3,5% e também pode ser beneficiado com o subsídio direto.
Até ontem, o governo ainda não havia definido o custo dos empréstimos para as pessoas com renda entre R$ 650,01 e R$ 1.170.

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