São Paulo, quarta-feira, 24 de junho de 1998
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Bolsa de SP sobe 3,29% com ajuda de NY

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo subiu ontem 3,29% com os boatos sobre nova pesquisa eleitoral na qual o presidente Fernando Henrique Cardoso teria ampliado, para 11 ou 12 pontos, sua vantagem sobre o seu principal rival, Luiz Inácio Lula da Silva.
O movimento continuou fraco, na casa dos R$ 464,6 milhões, mas foi melhor do que anteontem, quando o mercado de ações paulista girou R$ 349 milhões.
A alta na Bolsa de Valores de Nova York estimulou o mercado em São Paulo, que fechou às 15h por conta do jogo do Brasil na Copa do Mundo. Quando a Bolsa paulista encerrou o seu pregão, Nova York já estava em alta de mais de 1%.
No fechamento, o índice Dow Jones das ações mais negociadas em Wall Street teve alta de 1,35%. A vitória da Microsoft na Justiça estimulou movimento de compra. Os ADRs da Telebrás (títulos negociados em Nova York) também tiveram alta, de 2,25%.
O mercado de títulos da dívida externa renegociada acompanhou o otimismo. O pacote de corte de gastos de US$ 7 bilhões e de aumento da arrecadação de US$ 1,7 bilhão anunciado pelo presidente da Rússia, Boris Ieltsin, puxou para cima as cotações do C-bond, título brasileiro, de 74,75% do valor de face para 75,5%.
O plano para sanear o sistema financeiro japonês contribuiu para melhorar os ânimos, apesar da desvalorização do iene.
No Brasil, o Banco Central obteve ágio no leilão de R$ 6 bilhões em papéis do Tesouro corrigidos pelos juros do dia-a-dia, o over. Cada LFT (Letra Financeira do Tesouro) que vence em 20 de janeiro de 99, de preço mínimo de R$ 1.000, foi vendida ontem com ágio mínimo de R$ 0,005 e de R$ 0,031 na média. As LFTs de vencimento em 17 de fevereiro saíram com ágio mínimo de R$ 0,004 e de R$ 0,034 na média.
As expectativas de redução na taxa de juros básica da economia na reunião de hoje do Comitê de Política Monetária, de 21,75% ao ano para até 20,5%, não impediram pequena alta ontem nos juros projetados pelos mercados futuros. Analistas avaliam que, depois de dois dias de queda forte nos juros (e de alta nos preços), os investidores realizaram lucros. Os contratos para vencimento em agosto projetaram juros de 21,29% ontem, contra 21,20% anteontem.

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