São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 1998 |
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Homem leva tiro em vagão do metrô
MARCELO GODOY
Sem que tivesse reagido, os ladrões atiraram contra seu rosto. Ele foi atingido na boca. Naquele momento, havia cerca de 300 pessoas no vagão -em movimento entre as estações São Bento e Sé-, que foram ameaçadas pelos ladrões armados. Quando o trem parou, os assaltantes fugiram correndo pela plataforma da estação Sé -a principal do metrô paulistano, onde se encontram as duas linhas mais importantes. Os assaltantes eram três ou quatro homens, que haviam seguido o azulejista e lhe roubaram R$ 3.400. O crime aconteceu às 10h36 e paralisou durante cinco minutos a linha norte-sul. A bala que atingiu Souza ficou alojada no maxilar superior. Os médicos que o atenderam o colocaram em observação para decidir se a extraíam ou não. Segundo a polícia, ele não corre risco de vida. Tiro sem motivo O azulejista entrou na fila do banco, pegou o dinheiro e o colocou em um envelope. Em seguida, saiu da agência e foi em direção à estação São Bento do metrô. "Ele deve ter sido seguido pelos assaltantes, pois foi o único passageiro abordado", afirmou a delegada. Segundo ela, um dos ladrões deve ter visto Souza sacar o dinheiro e avisado os companheiros. O azulejista pegou um metrô que ia em direção ao Jabaquara (zona sudoeste). Os ladrões entraram no mesmo vagão. Um deles, que parecia ser o líder, anunciou o roubo e mandou que todos os passageiros ficassem quietos. De acordo com agentes de segurança do Metrô, havia cerca de 300 pessoas no vagão. Para as pessoas que estavam próximas do ponto em que Souza foi assaltado, ele foi baleado sem motivo aparente. O homem que parecia o líder dos ladrões, armado, se aproximou do azulejista, que estava sentado em um banco, e lhe arrancou o envelope. "Após o tiro, ele mandou todo mundo ficar quieto", disse a delegada, que ouviu quatro pessoas que viram o assalto. Quando o grupo correu pela estação Sé, os passageiros chamaram a segurança do metrô, que não conseguiu deter os ladrões. O vagão do metrô foi esvaziado e estacionado no pátio do Jabaquara, onde seria analisado pela perícia técnica. As quatro testemunhas do crime tentaram, mas não conseguiram reconhecer ontem à tarde o suposto líder dos ladrões nos álbuns fotográficos da polícia. Também não souberam descrever os outros membros do grupo. A Delegacia do Metropolitano abriu inquérito para apurar o caso, mas não tinha pistas dos criminosos até as 19h de ontem. (MG) Próximo Texto: Número de assaltos a bilheterias cai 50% Índice |
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