São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998
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Escolinha de futebol é atingida

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O empresário londrinense Sérgio Onishi, 40, admite ter cometido um erro de estratégia ao direcionar três de suas atividades para dekasseguis e japoneses. Com a crise no Japão, seus negócios -uma imobiliária, uma agência de empregos e um clube de futebol- foram diretamente atingidos e Onishi está "trabalhando no vermelho".
Proprietário do Hyogo Futebol Clube (time que disputa todas as categorias amadoras no Estado e que funciona como uma espécie de escola), Onishi está tendo que adiar o sonho de profissionalizar a equipe.
Por cada atleta japonês que vinha ao Brasil aprender a jogar futebol, o Hyogo recebia R$ 1.100 por mês. Esses atletas eram selecionados entre a classe média japonesa, onde os pais tinham recursos para manter o filho por até dois anos no Brasil, "pelo sonho de se tornar jogador profissional".
Há três anos, o Hyogo tinha uma média anual de 45 "alunos jogadores". No ano passado, já deu para sentir o "recuo" da classe média japonesa. Apenas 25 atletas foram enviados do Japão.
Neste ano, a crise se aprofundou. Só 15 pais mandaram seus filhos para "estudar futebol" no Hyogo.
Para este ano estava programado um estágio de um mês, entre agosto e setembro, para 45 atletas. Na última semana Onishi recebeu a informação que apenas sete desses atletas confirmaram a inscrição.
(JM)

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