São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

PRONTA ENTREGA
Papa-Léguas
Responsável durante quatro anos pelo departamento jurídico do grupo pilotado por seu marido, Alcides Parizotto, a advogada Sidnei Parizotto (foto), 52, começou a correr há 20 anos para manter a forma -e a atividade acabou se transformando no seu grande prazer. Impulsionada por um dos seus cinco filhos, que arranjou um treinador, ela disputou sua primeira maratona em 96, em Blumenau. A partir daí, já participou de outras, incluindo as de Nova York e Paris. Sempre com boas colocações na sua categoria -definida por faixa etária-, ela não se preocupa tanto com o tempo, mas sim em cruzar a linha de chegada -sempre. Treinando cinco vezes por semana, tudo muito mais puxado em temporada de pré-maratona, ela diz que a diversão é garantida.
*
O que supera a velocidade da luz?
A força da obstinação.
O que tira o fôlego?
Pensar na próxima maratona.
Qual o limite da resistência?
Uma câimbra atrás da outra.
Quando o tempo é inimigo?
Quando ele voa -e a gente se arrasta.
Que ritmo é mais alucinante?
O do coração.
Quem merece subir ao pódio?
Aqueles que conseguem se superar.
Quando o percurso é mais tortuoso?
Quando nos aproximamos da linha de chegada.
Devagar se vai ao longe?
Mais longe do que os que ficam.
Quem baila na curva?
Todo aquele que não bailou nas retas preparatórias.
Quando o passo é maior que a perna?
Quando o sonho é chegar.
O que dispensa treino?
Comer chocolate.
Que pista leva à felicidade?
A de 42.195 m -concluídos.
Quando a distância une?
Quando se sintoniza o mesmo alvo.
Se correr o bicho pega, se ficar...
A gente engorda.
A pressa é inimiga da perfeição?
A pressa é aliada quando o tempo é curto e a distância é longa.

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