São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998 |
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Moto BMW voa no asfalto e pára na terra
GREG SALIBIAN
A saída de São Paulo foi pela rodovia Fernão Dias, que, em obras, alterna asfalto impecável com lama. A sinalização até Três Corações (MG) é escassa. Depois, há uma estrada de 24 km até o trevo de acesso a São Tomé das Letras. Nesse trecho, de bom asfalto, foi possível sentir os 90 cv do motor de 1.085 centímetros cúbicos (cc). Muito rápida, ela permaneceu estável em curvas de alta velocidade. A carenagem com pára-brisa, os grandes assentos e o guidão dão conforto para piloto e garupa. Os íngremes 18 km de cascalho até a cidade deixaram claras as limitações de uma moto feita para as "autobahns" alemãs. A suavidade desapareceu, e os 282 kg ficaram evidentes. Na terra fofa, piloto e garupa ajudaram com os pés o pneu traseiro, que derrapava. O freio ABS, tão eficiente no asfalto, simplesmente deixa a moto sem freios na terra. Resultado: 18 km em mais de uma hora e uma forte dor nos braços. Vale relembrar: a BMW 1.100 RT não é uma moto para esse tipo de piso. Já em São Tomé das Letras, foi recompensador saborear uma pizza na pedra, especialidade da região, em um dos poucos restaurantes da cidade. No dia seguinte, a potente moto alemã teve de ficar na garagem, já que a maioria dos pontos turísticos só são alcançados por terra. A saída foi ir a pé até a garganta do vale das Borboletas, uma queda-d'água de 15 metros. O lugar, não longe do centro, é pouco conhecido por turistas. Boa parte do trajeto só pode ser feito a pé. O repórter-fotográfico Greg Salibian viajou em uma moto cedida pela BMW Texto Anterior: Perua sofre em estrada de terra Próximo Texto: Jipão Galloper troca Hyundai pela Asia Índice |
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