São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998
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O império contra-ataca

LUCIANO SOMENZARI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Volkswagen incrementou o topo de sua linha de produtos, encabeçada pelo anacrônico Santana (leia texto nesta página), e começou a vender o Passat e a Variant, importados da matriz alemã.
A montadora já havia importado o mesmo modelo há cerca de dois anos, mas ficou mais de um ano sem trazê-lo por problemas de produção na Alemanha.
Os novos modelos deverão ser produzidos no país a partir do início do ano 2000.
O sedã Passat e a perua Variant chegam com duas versões de motores de 1.800 cc (uma delas com turbocompressor) e com uma de seis cilindros em "V" (V6).
Os preços variam de US$ 33.705 a US$ 45.583. A opção mais luxuosa vem com airbags (bolsas de ar que inflam em caso de colisões) frontais e laterais, toca-CDs, teto solar, acabamento em couro e câmbio automático Tiptronic, equipamento que permite a mudança de marcha com um simples toque na alavanca de câmbio, dispensando a embreagem.
Há inúmeras diferenças no novo modelo em relação à versão anterior, a começar pela plataforma (conjunto do motor, do câmbio e da suspensão), a mesma que equipa o Audi A4, modelo pertencente à divisão de luxo da Volkswagen.
A outra mudança está no exterior do carro. Redesenhado, ficou muito parecido com seus primos da Audi. Linhas suaves e arredondadas, a ponto de o traçado do teto ser acentuadamente curvo.
O motor também traz boas evoluções. Tem cinco válvulas por cilindro: enquanto três delas abrem para admitir o ar no processo de combustão, as outras duas servem para expelir o produto da queima.
Avaliação
O resultado é percebido nas potências, que vão de 125 cv a 193 cv.
A Folha avaliou, no autódromo de Interlagos, o sedã Passat nas versões com motores 1.8 e 1.8T. A dirigibilidade ficou melhor, principalmente devido aos engates do câmbio, precisos e macios, resultado, também, da posição longitudinal do novo motor.
A respostas, depois de acionado o acelerador, são rápidas. A impressão é de que o motor tem volume maior.
O acabamento é correto, e o conforto, compatível com a categoria. A Volkswagen não quis arrojar no painel, que permanece com linhas conservadoras.
Na versão turbinada (recurso que possibilita pôr mais ar no motor e enriquecer a mistura ar/combustível, gerando mais potência), é difícil perceber quando o turbo passa a agir -perto dos 2.000 giros-, o que é bom indício.
Há, porém, uma pequena incorreção na versão avaliada. O Passat tende, em curvas feitas em condições extremas, a jogar um pouco a traseira. Os pneus são 195/65 R 15.
Oficialmente, o Passat e a Variant estão disponíveis na rede concessionária, mas o primeiro lote de 1.200 unidades já foi totalmente vendido.
A montadora informou que, nos próximos dois meses, desembarcam mais 3.000 unidades.

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