São Paulo, domingo, 28 de junho de 1998 |
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Vila Velha vale por cenário, estrada e Curitiba
LUÍS PEREZ
Esses são nomes de rios com os quais a reportagem da Folha, a bordo de uma picape L200 4x4, cruzou no trajeto entre São Paulo e o Parque Estadual de Vila Velha. E fazer a viagem com essa picape é bem menos cansativo do que parece em princípio. A sugestão é dar uma parada em Registro (SP), outra em Curitiba (PR), passear pela cidade-modelo, para depois pegar a rodovia do Café até Ponta Grossa. Embora a rodovia Régis Bittencourt seja federal, a impressão é de que o lado paulista é todo esburacado e mal sinalizado, e o paranaense, um verdadeiro tapete. Mas tapete mesmo, coisa de Primeiro Mundo, é a rodovia do Café -impossível não se encantar, a caminho de Ponta Grossa, com Vila Velha no crepúsculo de uma tarde de primeiro dia de inverno. A paisagem de Campos Gerais, à beira do caminho, mesmo vista da estrada, é maravilhosa. Embora a L200 tenha ar-condicionado, esqueça. Prefira o ar puro de um dia friozinho e ensolarado. Esqueça ainda a tração 4x4 -o parque não permite entrada de carros, embora o cenário seja semelhante ao de rali. Formações rochosas O parque, famoso por suas formações rochosas, fica no meio do caminho entre Curitiba e Ponta Grossa, a 22 km desta última. O negócio é se hospedar em Ponta Grossa -a reportagem ficou no Vila Velha Palace Hotel (tel. 042/225-2200), onde há jornais logo de manhã e um atendimento de primeira-, acordar cedinho -não há mesmo o que fazer na cidade à noite- e curtir o parque. Suas origens estão no período carbonífero, há cerca de 350 milhões de anos. Fenômenos geológicos depositaram no local muita areia. As massas de gelo se deslocavam e causavam erosão. Com o degelo, tudo ficou na superfície, as águas retrabalharam os depósitos e originaram o arenito. Expostos à chuva e ao vento, as formações -dizem que o local era submerso pelas águas do mar- ficaram com feições de taça, camelo, bota, esfinge, cabeça de gorila, baleia, entre outras. Há ainda animais (de verdade) amistosos -gralhas-amarelas, que não se assustam com as pessoas, e quatis, que sobem pela perna do visitante para comer. Um fim-de-semana é pouco para conhecer as maravilhas naturais que oferece o interior do Paraná. Reserve pelo menos três para passear pelas furnas (crateras circulares com água) e lagoa Dourada (ligada às furnas, com várias espécies de peixe). Texto Anterior: Jipão encurta distância até cachoeira Próximo Texto: Picape 'entrega' viajante inteiro Índice |
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