São Paulo, terça-feira, 30 de junho de 1998
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Sérvio acusado de crimes de guerra se suicida na prisão

Ex-prefeito de Vukovar estava preso em cela da ONU

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O sérvio Slavko Dokmanovic, acusado de crimes de guerra, se enforcou anteontem na prisão onde aguardava julgamento no Tribunal Internacional de Haia (Holanda). Dokmanovic, 48, era acusado de ter mandado matar 200 croatas e muçulmanos que estavam num hospital de Vukovar (Croácia), em novembro de 1991, quando era prefeito dessa cidade.
O tribunal deveria chegar a um veredicto no dia 7 de julho, um ano após Dokmanovic ter sido detido por soldados poloneses da ONU e levado à Holanda.
Se fosse considerado culpado, ele poderia ser condenado a prisão perpétua por crimes contra a humanidade e por violação da Convenção de Genebra para crimes de guerra.
O tribunal se recusou a fornecer detalhes do resultado de uma investigação sobre as circunstâncias de sua morte.
Depressão
Dokmanovic tinha reclamado de depressão durante o julgamento, que já durava seis meses. Na última sexta-feira, a pedido de seu advogado, sua medicação foi aumentada, segundo o porta-voz do tribunal, Christian Chartier.
No domingo à noite, Dokmanovic disse que se sentia mal e foi examinado por um médico da prisão de Scheveningen, que o colocou sob vigilância, com um carcereiro checando sua cela a cada 30 minutos.
Ele foi visto vivo pela última vez às 23h30, quando um guarda abriu a janela da porta de sua cela e observou o interior do local. Poucos minutos depois da meia-noite, no controle seguinte, Dokmanovic foi encontrado morto.

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