São Paulo, sábado, 11 de julho de 1998 |
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Gerente fica surpresa com prisão
DA SUCURSAL DO RIO A gerente do Laboratório Endoterápica do Brasil, Marilda Freitas Ruback, disse ter ficado surpresa com a prisão de Márcio Eustáquio Ribeiro Rodrigues, em Belo Horizonte, sob a acusação de falsificar medicamentos.Segundo ela, além de não saber de qualquer envolvimento de Rodrigues com a falsificação de remédios, o laboratório só fabrica antibióticos injetáveis para hospitais. "Isso não se vende em farmácias, só em hospitais." Ruback disse que Rodrigues é um dos donos do laboratório, juntamente com um sócio de nome Aguinaldo. Ela se negou a informar o sobrenome de Aguinaldo. Segundo o CRF (Conselho Regional de Farmácia), Rodrigues não consta como sócio do Laboratório Endoterápica do Brasil. De acordo com o conselho, a empresa está registrada desde 82 e nunca informou sobre alterações no quadro de sócios. A assessoria da Secretaria de Estado da Saúde do Rio informou que a Vigilância Sanitária já havia feito inspeção no laboratório, encontrando "irregularidades sanitárias". A empresa recebeu um prazo para solucionar o problema. A secretaria não forneceu detalhes sobre as supostas irregularidades. O laboratório fica em uma casa no número 480 da rua General Belford, no Rocha (zona norte). Não há placas na frente da casa, para indicar que ali funciona um laboratório. A casa parece uma residência comum de subúrbio. Segundo Ruback, que é química industrial, os antibióticos -basicamente penicilinas injetáveis em diversas concentrações- são produzidos em "uma área limpa, estéril". Ela não autorizou a entrada da Folha no laboratório. Ao todo, a empresa teria 15 funcionários. Ruback afirmou que sua produção média mensal é de 150 mil ampolas de antibióticos. Texto Anterior: 'Não estou imitando a marca de ninguém' Próximo Texto: SP cria centro para consolar familiares de assassinados Índice |
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