São Paulo, sábado, 11 de julho de 1998
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Guerra de secessão matou 100 mil

DA REDAÇÃO

A Nigéria é formada principalmente por três grupos étnicos: haussas (32%), iorubas (21%) e ibos (18%). Os haussas vivem no norte do país. Os iorubas, no sudoeste, e os ibos, no sudeste.
Os ibos e outros grupos étnicos (ibibios, efiks, ekois e ijaws) tentaram conseguir sua secessão da Nigéria, em maio de 1967, e o tenente-coronel Odumegwu Ojukwu declarou a região sudeste uma República soberana e independente sob o nome de Biafra.
A independência foi reconhecida apenas por Costa do Marfim, Gabão, Haiti, Tanzânia e Zâmbia. O general Yakubu Gowon, líder do governo federal, não reconheceu o novo país. Uma guerra começou em julho.
A princípio, as tropas de Biafra resistiram, mas, em pouco tempo, as forças federais reduziram sua área a um décimo da original -75 mil km2. A partir de 1968, os separatistas perderam o controle dos portos e ficaram isolados. Os alimentos passaram a ser levados à região de avião.
Além dos combates, que causaram a morte de 100 mil pessoas, a fome e as doenças mataram pelo menos 1 milhão de pessoas. A maioria dos países continuou a reconhecer o regime de Gowon como o governo de toda a Nigéria, e o Reino Unido e a União Soviética lhe forneceram armas.
Ojukwu voou para a Costa do Marfim, e Biafra deixou de existir em 15 de janeiro de 1970, sendo reintegrada à Nigéria após o cessar-fogo.

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