São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998
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Nomeação pode gerar nova greve no Rio

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) inicia nesta semana a reposição das aulas em meio a uma crise que pode pará-la novamente.
O calendário de reposição, que seria aprovado pelo Centro de Ensino de Graduação na última quarta-feira, teve a aprovação adiada devido à nomeação, naquele dia, do reitor José Henrique Vilhena pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza.
A nomeação de Vilhena, que ficou em segundo lugar no colégio eleitoral para a escolha do reitor, criou um forte impasse na universidade, e professores disseram que se sentem "desrespeitados".
Eles querem a renúncia de Vilhena e insistem na posse de Aloísio Teixeira, que venceu em pesquisa entre professores, estudantes e funcionários.
Depois, foi vencedor também no colégio eleitoral, com o dobro de votos de Vilhena (62 contra 31).
Amanhã (terça-feira) haverá assembléia dos professores para decidir se vão aderir à greve dos funcionários da universidade -que começou em 15 de abril e e agora prossegue em repúdio à nomeação de Vilhena.
Além de gerar um calendário irregular, a reposição dos dias perdidos com a greve também vai penalizar os alunos por encurtar muito as férias de verão.
Cursando o primeiro período de arquitetura, Roberta Gonçalves Vasconcelos, 18, foi obrigada a ir uma vez por semana à faculdade, para aulas de professores que não aderiram à greve.
Para ela, será "um sacrifício" estudar no verão, época em que normalmente aproveita para ir à praia, viajar e passear.
O professor de físico-química Marco Antônio Faria considera uma questão de "ética profissional" não prejudicar os alunos e cumprir com rigor a meta de repor completamente as aulas.

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