São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998
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Computador ajuda a fazer esculturas

HEINAR MARACY
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Muito já se falou sobre os artistas plásticos que trocaram o pincel pelo mouse, adotando o computador como uma nova mídia para expor suas obras e idéias. Mas a escultura no computador já é uma coisa completamente diferente.
Chico Niedzielski é um escultor que não trabalha mais sem o auxílio do micro. Criador de esculturas, móbiles e stábiles de até 40 metros de altura, por vezes compostos por mais de 240 elementos diferentes, ele encontrou a maneira ideal de apresentar seus trabalhos para seus clientes: a maquete eletrônica.
"Antes eu era obrigado a produzir manualmente uma maquete, que às vezes ficava distante do objeto final, pois é impossível reproduzir em escala menor características como brilho e textura dos materiais', diz Niedzielski.
Maquete eletrônica
Segundo ele, a maquete eletrônica acaba sendo mais realista que a feita à mão. Com o uso de um computador Macintosh e um software de modelagem tridimensional, Niedzielski consegue posicionar a maquete dentro do próprio ambiente em que a obra final será exposta, permitindo ao cliente realizar um passeio virtual ao redor da obra.
"A maquete virtual é muito mais sensual que a feita mão. Ela pode ter o mesmo acabamento, reflexos e texturas que a obra final. O impacto é bem maior", diz o escultor.
Outro aspecto importante é a praticidade do uso do computador. "Um trabalho que antes demorava até vinte dias hoje pode ser feito em um dia", diz ele.
Segundo Chico, o uso do computador acaba afetando o próprio processo criativo: "Há uma possibilidade muito maior de experimentar com novas formas e posições".
Para criar suas maquetes, Niedzielski conta com um parceiro, Juliano Kirschner, responsável pela transformação das idéias do escultor em um objeto 3D dentro do computador. Kirschner usa Power Macintosh 8100, com monitor de 17 polegadas e o software de modelagem "Studio Vision 3D".
"Tudo começa com um desenho dos elementos da obra no papel feito pelo Chico. Com base nesses desenhos, eu crio imagens bidimensionais no 'FreeHand', mostrando as três vistas básicas do elemento (frente, lado e perfil). Essas imagens são importadas no 'Studio Vision' e utilizadas para criar o objeto tridimensional".
Segundo Kirschner, a integração entre os dois programas é o ponto fundamental para o trabalho dar certo. "As imagens são importadas com uma precisão muito grande.
Mas o trabalho não pára por aí. Em alguns casos, Kirschner vai até o local onde a obra será exposta, fotografa o ambiente e recria o local no "Studio Vision".
Feito isso, ele posiciona a obra dentro do ambiente e cria uma animação com um ponto de vista subjetivo. O cliente então pode passear em volta do objeto no local onde ele será exposto.

Onde saber mais - Chico Niedzielski, tel. (011) 5506-7325

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