São Paulo, segunda-feira, 13 de julho de 1998 |
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Tango é a eterna cara da capital portenha
SIMONE GALIB
Se o tango para turistas é inevitável, que seja então com elegância. E o endereço é o não menos elegante hotel Alvear -top dos tops da hotelaria portenha, que estreou há quatro meses a sua própria casa de espetáculos, a Armenonville (reservas, tels. locais 804-1033/4033). O ambiente da tangueria é uma extensão do clima histórico do hotel, fundado em 32 e hoje totalmente reformado. Garçons vestindo casacas e luvas brancas servem champanhe silenciosos e circulam aristocráticos entre os convidados. No show, o melhor de Astor Piazolla, coreografias bem ensaiadas e os hits de Carlos Gardel, que aparece num telão dividindo a voz com os cantores locais no clássico "Mi Buenos Aires Querido". A casa tem várias programações: funciona como academia de dança das 13h às 17h, serve chá regado a tango das 17h às 19h e exibe shows, que custam US$ 50 por pessoa. Nascido no início do século, o tango ficou muito tempo restrito aos bailes da periferia. Por volta dos anos 20 chegou ao centro da cidade, surgindo assim suas primeiras orquestras típicas. Gardel encarna a época de ouro do ritmo, tornando-o conhecido mundo afora. Tempos depois, nos arranjos de Piazolla, ganha releitura mais moderna, elogiada pela crítica e rejeitada pelos tangueiros tradicionais. (SGa) Texto Anterior: La Boca é museu a céu aberto Próximo Texto: Gardel interpreta alma argentina Índice |
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