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Show é 'negócio', diz músico da Dinosaur Jr.

Brigas na banda cessaram, segundo o baterista Murph: 'Temos de ir lá e tocar para sustentar nossas famílias'

Grupo se apresenta no sábado em SP no Converse Rubber Tracks Live e promete música 'pesada'

AURÉLIO ARAÚJO DE SÃO PAULO

A banda de rock Dinosaur Jr. deixou de lado as grandes brigas que fizeram sua formação original se odiar nos anos 1980 e 1990. Ao menos é o que diz o baterista Murph: ele, com o guitarrista e vocalista J. Mascis e o baixista Lou Barlow se apresentarão neste sábado (2) em São Paulo, durante o festival Converse Rubber Tracks Live no Cine Joia.

"Encaramos as coisas como negócio. Temos de ir lá e tocar para sustentar nossas famílias. Isso faz com que a gente se esforce para que tudo corra o mais suavemente possível, então nos damos bem. Nos sentimos como uma banda de novo."

Para o músico, maturidade adquirida com os anos tornou o relacionamento entre os três mais tranquilo. Ainda mais porque os outros dois membros têm filhos.

Mesmo a explosão do rock alternativo no início da década de 1990 não ajudou a resolver as tensões internas do grupo norte-americano, famoso pelas desavenças entre seus membros --a maior parte delas atribuídas ao controle criativo que Mascis faz questão de exercer sobre o som do Dinosaur Jr.

Desentendimentos entre Mascis e Barlow fizeram com que o baixista abandonasse a banda em 1989, com Murph seguindo o mesmo caminho quatro anos depois.

Mascis seguiu lançando discos sob o nome do Dinosaur Jr., mesmo quando ele gravava a maior parte dos instrumentos, dependendo de outros músicos apenas quando se apresentava ao vivo.

Em 1997, Mascis finalmente aposentou o grupo, lançando-se com a banda solo The Fog. Em 2005, Barlow e Murph se juntaram ao guitarrista e retomaram as atividades com o Dinosaur Jr.

De lá para cá, foram três discos. O mais recente, "I Bet on Sky", saiu há dois anos. "Lou e eu esperamos que J. queira gravar coisas novas. Quem sabe em novembro", conta o baterista.

"Mas no Dinosaur, as coisas não são planejadas. Quando é para acontecer, Lou e eu recebemos uma ligação dizendo que J. quer fazer algo e simplesmente aparecemos no estúdio".

INFLUÊNCIA

Com seu som distorcido, herdeiro do movimento punk, os músicos ganharam destaque ao lançar seu segundo álbum, "You're Living All Over Me" (1987), pela gravadora SST --a mesma de Sonic Youth e Black Flag.

"Éramos todos pioneiros daquele tipo de música e daquela energia, que ainda existe hoje em dia, mas que na época era algo novo", diz.

Agora, são a atração mais experiente do festival --que convida dez bandas iniciantes para gravar com músicos veteranos e depois seleciona cinco delas para se apresentarem no evento.

"Antes eu não tinha muita noção da nossa influência, mas agora é interessante ouvir um pouco do nosso som em outros grupos", explica.

Segundo ele, o som pioneiro do Dinosaur Jr. já é parte da história do rock, como aconteceu com Black Sabbath e Led Zeppelin.

"É uma progressão natural", avalia.

No país, onde se apresenta pela segunda vez (a primeira foi há quatro anos), o baterista diz que ele e os colegas estão felizes em voltar.

"Num festival, tudo fica numa escala ainda maior do que seria num show normal. O fato de ser de graça ainda intensifica mais as coisas, mais gente tentando entrar."

O que os fãs devem esperar do Dinosaur Jr. para o show de sábado? "Música alta e pesada."


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