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Crítica / drama "Beleza Adormecida" desperta só indiferença Recheado de conceitos e formalidades, anticonto de fadas marca a estreia da australiana Julia Leigh na direção
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA A suspeita sobre o primeiro longa da escritora australiana Julia Leigh se confirmou: "Beleza Adormecida" é um filme que transpira conceitos e formalidades, mas cujo resultado, frio ao extremo, não consegue despertar mais do que indiferença. A partir da história da jovem universitária Lucy, Julia Leigh constrói um anticonto de fadas contemporâneo. Entediada em suas tarefas, Lucy aceita um estranho trabalho. Ela precisa apenas tomar uma pílula e dormir. A dona do estabelecimento oferece a seus clientes serviços sexuais em que a mulher encontra-se no grau máximo de passividade. Existe uma regra apenas: não pode haver penetração. Leigh filma tudo com extrema elegância. A direção de arte é impecável, repleta de referências aos contos de fadas clássicos. O apartamento para o qual Julia se muda, por exemplo, lembra o caixão de vidro de Branca de Neve. No entanto "Beleza Adormecida" não consegue alcançar a mesma organicidade de um filme de David Lynch ou, pelo menos, a originalidade dos primeiros trabalhos de Atom Egoyan. No cinema, nem sempre racionalização e embasamento conceitual se transformam em potência de expressão.
BELEZA ADORMECIDA |
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