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Crítica / drama

"Beleza Adormecida" desperta só indiferença

Recheado de conceitos e formalidades, anticonto de fadas marca a estreia da australiana Julia Leigh na direção

Divulgação
Cena de "Beleza Adormecida", primeiro longa da escritora Julia Leigh
Cena de "Beleza Adormecida", primeiro longa da escritora Julia Leigh

PEDRO BUTCHER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A suspeita sobre o primeiro longa da escritora australiana Julia Leigh se confirmou: "Beleza Adormecida" é um filme que transpira conceitos e formalidades, mas cujo resultado, frio ao extremo, não consegue despertar mais do que indiferença.

A partir da história da jovem universitária Lucy, Julia Leigh constrói um anticonto de fadas contemporâneo. Entediada em suas tarefas, Lucy aceita um estranho trabalho. Ela precisa apenas tomar uma pílula e dormir.

A dona do estabelecimento oferece a seus clientes serviços sexuais em que a mulher encontra-se no grau máximo de passividade. Existe uma regra apenas: não pode haver penetração.

Leigh filma tudo com extrema elegância. A direção de arte é impecável, repleta de referências aos contos de fadas clássicos.

O apartamento para o qual Julia se muda, por exemplo, lembra o caixão de vidro de Branca de Neve.

No entanto "Beleza Adormecida" não consegue alcançar a mesma organicidade de um filme de David Lynch ou, pelo menos, a originalidade dos primeiros trabalhos de Atom Egoyan.

No cinema, nem sempre racionalização e embasamento conceitual se transformam em potência de expressão.

BELEZA ADORMECIDA
DIREÇÃO Julia Leigh
PRODUÇÃO Austrália, 2011
COM Emily Browning, Rachael Blake, Ewen Leslie
ONDE Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
AVALIAÇÃO regular

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