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Minimalismo marca peça de Betty Milan Estreia na direção teatral da escritora e psicanalista utiliza conceitos apreendidos com o diretor Jean-Luc Paliès O espetáculo "A Vida É Um Teatro" é uma adaptação do livro de crônicas "Quem Ama Escuta", da autora
DE SÃO PAULO Uma sugestão do diretor francês Jean-Luc Paliès e a vontade de entregar-se à encenação teatral levaram a psicanalista e escritora Betty Milan a montar o espetáculo "A Vida É Um Teatro". Após uma palestra sobre métodos dramáticos com uso de púlpitos, Paliès aventou sobre a adaptabilidade do livro de Milan "Quem Ama Escuta" a seu procedimento. A escritora e uma turma de atores que participaram do curso gostaram da ideia. Surgiu daí o Grupo Vozes, que tomou a estrutura minimalista pregada pelo diretor francês para compor um espetáculo com cenário e figurino escassos. "A ideia básica é a de que o drama está nas palavras", explica Milan, que escolheu as melhores crônicas de seu livro como ponto de partida para a escrita dramatúrgica. "A oralidade do texto presente nas crônicas é diferente daquela exigida para o teatro. O que os atores tinham dificuldades em dizer significava que não era bom. Fomos fazendo os ajustes entre conteúdo e forma", afirma. Miguel Prata assume o papel do consulente e Fabio Carrilho, de consultor sentimental. Barbara Riethe incorpora "A Voz", emulando a função do coro. Esta estrutura reduzida é determinante para a percepção do público diante da representação teatral. "Usamos dois recursos para causar um distanciamento dos espectadores: o uso do púlpito e a não relação entre os atores, já que não há dialogismo", explica Milan. "Estamos fazendo um concerto, com silêncios, repetições, tudo para chegar a um nível de interpretação mais sofisticado", completa. | Índice | Comunicar Erros |
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