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Crítica artes visuais

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Obra de Isaac Julien ganha força ao dialogar com espaço do Sesc

FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

"Geopoéticas", a mostra com quatro obras do britânico Isaac Julien, reforça de forma definitiva uma das questões centrais em sua obra: o rompimento com a sala de cinema.

Cineasta integrante da cena underground inglesa dos anos 1980, junto a nomes como Derek Jarman, Julien abandonou a tradicional sala de exibição para ocupar salas de galerias de arte e museus a partir dos anos 1990.

No Sesc Pompeia, a curadoria de Solange Farkas reforça essa passagem ao instalar três das quatro obras da mostra -"Fantôme Créole", "Paradise Omeros" e "O Leopardo"- em salas envidraçadas.

Assim, de qualquer área do imenso espaço de convivência desenhado por Lina Bo Bardi é possível observar os filmes do artista, que abordam questões políticas como a imigração ilegal na Sicília, caso de "O Leopardo".

Afinal, são filmes o que o artista continua fazendo, mas dentro de uma nova lógica.

Esse procedimento ganha destaque em seu trabalho mais recente, "Ten Thousand Waves" (dez mil ondas), projeção em sete telas instaladas em uma única sala.

Criada a partir de um fato real, a morte de 23 pescadores chineses na baía de Morecambe, na Inglaterra, em 2004, Julien constrói uma narrativa mítica que vincula o presente ao passado milenar da China de forma poética.

Para ver a obra, o espectador precisa se movimentar no espaço, deixando a atitude passiva de uma sala de cinema para criar, ele mesmo, sua própria edição da história. Ao caminhar, reproduz-se, então, uma das questões essenciais da obra de Julien: o deslocamento como forma de conhecimento.

GEOPOÉTICAS
QUANDO de ter. a sáb., das 10h às 21h; dom., das 10h às 20h; até 16/12
ONDE Sesc Pompeia (r. Clélia, 93, tel. 3871-7700)
QUANTO grátis
AVALIAÇÃO ótimo


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