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Rua no Itaim Bibi vira pólo gourmet
Ran é a mais nova casa de trecho gastronômico da rua Manuel Guedes
Entre as ruas Joaquim Floriano e Tabapuã, via tem ainda o tailandês Nam Thai, o francês Cantaloup e o japonês Kirin
JANAINA FIDALGO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Manuel Guedes, como outras tantas ruas do Itaim Bibi,
abriga um sem-número de restaurantes, entre eles o Due
Cuochi Cucina. O que chama
atenção, no entanto, é a concentração de casas em um tranqüilo quarteirão, entre as ruas
Joaquim Floriano e Tabapuã.
Com jeitão residencial, a
quadra reforçou sua vocação
gastronômica com a chegada de
um novo morador, o japonês
Ran, inaugurado há dois meses.
É o quarto restaurante da rua.
Apesar de, ao procurarem o
ponto, os proprietários terem
focado no bairro, e não exatamente na rua, a vizinhança de
restaurantes que veio no pacote é encarada como um bônus.
"Quando há muitos restaurantes na mesma rua, as casas
se potencializam", diz Rogério
Frug, sócio e chef do Ran. "Como estamos no fim do quarteirão, há clientes de outros restaurantes que entram aqui para
conhecer e depois voltam."
Na mesma calçada, um pouco mais adiante, fica o Cantaloup, restaurante mais antigo
do quarteirão e o único não-asiático. "A rua agora está meio
Chinatown", brinca o chef Renato Carioni. "Nossa proposta
é diferente. O cliente vem ao
Cantaloup determinado com o
que quer, focado. Não fala: "Vou
passar lá na Manuel Guedes e
escolher onde vou comer"."
Do outro lado da rua, fica o
Kirin, a casa menos interessante da via gastronômica. Inaugurado em junho, infelizmente já
não serve mais pratos chineses.
A cozinha japonesa segue em
atividade, mas hoje acompanhada por um bufê de comida
brasileira.
Segundo a se instalar ali, o
tailandês Nam Thai já chegou a
receber clientes enganados,
que, depois de algum tempo,
percebiam ter entrado no restaurante "errado". "Ninguém
tira público de ninguém. Quanto mais gente vier para cá, melhor", diz David Zisman, proprietário do tailandês.
E não são só clientes que as
casas compartilham: a mesma
empresa de valet atende os
quatro (cada um tem seu manobrista); eles trocam informações sobre fornecedores e prestadores de serviço e, quando
falta algum ingrediente, pedem
socorro ao vizinho.
"Logo no começo, calculei
mal e precisei de limão. Cheguei com uma cestinha no Nam
Thai, pedindo para me arrumarem um quilo. Da mesma forma, eles já precisaram de gelo, e
eu ajudei", diz Frug.
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