São Paulo, quarta-feira, 02 de outubro de 2002

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MÚSICA

Em seu CD de estréia, "Todo Mundo É Igual", guitarrista explora a sonoridade dos anos 70 e honra herança familiar

Beto Lee celebra o rock'n'roll tradicional

Divulgação
O cantor e guitarrista Beto Lee, que lança seu CD no Blen Blen


BRUNO YUTAKA SAITO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Na árvore genealógica do rock, o cantor e guitarrista Beto Lee, 25, ocupa posição privilegiada -é filho de Rita Lee e Roberto de Carvalho- e faz uma celebração à tradição. Se rock é transgressão, Beto é o conservador.
O músico faz hoje show de lançamento de seu primeiro CD, o bom (e convencional) "Todo Mundo É Igual", que, além de fruto dos 70, parece ter sido congelado na mesma década. Com exceção da faixa-título -parceria com o rapper Gabriel o Pensador-, Lee descarta influências contemporâneas. "Não há nada de sofisticado. Rock'n'roll é minha praia", explica.
A banda atual de Beto tem a mesma formação do Larika, seu antigo grupo. Ele nega a possibilidade de intenção marqueteira ao se apresentar solo, com um sobrenome que tem peso de ouro. "O povo acha que as coisas foram fáceis para mim, mas já levei muito "não" de gravadora."
No disco, ele recebeu composições de Itamar Assumpção e Carlos Rennó, além de ter feito regravações de "Porta da Perdição" (de seu pai, Roberto de Carvalho) e "Fuscão Preto". Já no show, divide o palco com Otto e Patrícia Coelho. Na quinta, Beto recebe Edgard Scandurra e Rogério Flausino (Jota Quest). Promete também covers de Led Zeppelin e de Raul Seixas. Beto é, antes de mais nada, a confirmação de um estilo que vê a imutabilidade como virtude, indissociável da paisagem urbana paulistana.


BETO LEE - Quando: hoje e dia 9, às 23h30. Onde: Blen Blen (r. Inácio Pereira da Rocha, 520, Vila Madalena, tel. 3815-4999). Quanto: R$ 15.



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