Cantor se apresenta hoje e amanhã no Tom Brasil

RAQUEL COZER
DA REPORTAGEM LOCAL

O show do álbum "Longplay" leva as músicas do mais recente trabalho de Lulu Santos de volta a seu lugar de origem -o palco. Criadas nos últimos anos, canções como "Olhos de Jabuticaba" apareceram primeiro na turnê do CD anterior, "Letra e Música" (2005). O álbum novo, diz Lulu, foi conseqüência.
"As músicas foram sendo aplicadas nos shows e grudaram. Agora, tudo foi costurado para defender institucionalmente as cores do disco", explica o cantor, que se apresenta hoje e amanhã no Tom Brasil.
É claro que defender as cores de um disco, no vocabulário do "hitmaker", significa dividir espaço com "De Repente, Califórnia", "Um Certo Alguém", "Como uma Onda" e por aí vai...
A costura, que assegura "duas horas e cinco minutos de apresentação, contadinho", fica por conta das imagens assinadas pelo Coletivo-Estúdios Mega, exibidas no palco como num longo videoclipe -em "Sábado à Noite", por exemplo, Lulu aparece em meio a cenas noturnas da cidade.
Voltado desde os tempos de "Eu e Memê, Memê e Eu" (1995) a uma música mais dançante, Lulu extravasa sua conhecida simpatia pelo funk em "Longplay". "Tenho hoje o mesmo nível de libido pelo funk que tinha pelo rock na adolescência. Pra mim, nada é mais rock'n'roll que o funk."
O gênero se destaca em duas regravações do CD, "Se Não Fosse o Funk" (MC Marcinho) e "Deixa Isso pra Lá" (Alberto Paz e Edson Menezes). Esta, alardeada como o primeiro rap do país na voz de Jair Rodrigues, veste o batidão das pistas na interpretação de Lulu.