São Paulo, terça-feira, 04 de setembro de 2001

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MÚSICA

Evento itinerante acontece até quinta em SP, com rock e eletrônica, e quer ser vitrine para bandas independentes

Free Jazz Project começa hoje com rap

Divulgação
Marcelo D2, que fecha a noite de hoje do projeto com convidados do hip hop; evento passou antes por Porto Alegre, Rio e Curitiba


CARLOS TORRRES FREIRE
DA REDAÇÃO

O braço mais independente do Free Jazz Festival chega a São Paulo. O Free Jazz Project, evento itinerante que está em sua primeira edição, traz nove bandas brasileiras em três dias de shows.
A idéia do Project, como é chamado, é mostrar a produção brasileira mais independente e servir de vitrine para bandas novas. "O termo alternativo ainda carrega um pouco de algo malfeito. Prefiro o termo independente, pois são bandas que já têm um trabalho autoral, com seus caminhos próprios, estando em uma grande gravadora ou não", explica Bruno Levinson, 33, idealizador e organizador do projeto.
Antes de São Paulo, o festival passou no mês de agosto pelo Rio de Janeiro, por Curitiba e por Porto Alegre. Ao todo são 34 atrações diferentes, ou seja, cada cidade tem sua programação especialmente montada, com duas atrações de fora e uma local por dia.
"É muito legal conseguir levar os artistas para tocar pela primeira vez em outras cidades com uma boa estrutura, com um bom palco", conta Levinson, que também organizou o festival fluminense Humaitá pra Peixe.
Figuras conhecidas do público paulistano como Max de Castro e Paula Lima foram a Curitiba, assim como o Funk Como Le Gusta foi a Porto Alegre e os mineiros do Berimbrown foram ao Rio.
Para dar continuidade ao intercâmbio, São Paulo recebe hoje os pernambucanos do Faces do Subúrbio, com seu rap misturado a ritmos nordestinos, como embolada, além de doses de rock e funk. A banda, que participou do documentário "O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas" (2000), mostra músicas de seus discos "Faces do Subúrbio" (1997), relançado em 1998, e "Como É Triste o Olhar" (2000).
Para reforçar a noite de rap, apresenta-se o selecionado Academia Brasileira de Rimas, formado por seis MCs, entre eles Paulo Napoli e Max B.O., e o DJ Jam Jam. Quem fecha a noite é o cantor e compositor Marcelo D2, fazendo a festa Hip Hop Rio. Nesse projeto, que já dura cerca de três anos, o líder do Planet Hemp empresta seu prestígio para MCs, DJs e novos grupos de hip hop. Estão previstas participações de Black Alien, Speed, Inumanos e Negaativa, entre outros.
Amanhã a noite fica mais eclética com os paulistas do 3 Dux, com som instrumental psychobilly, e os cariocas do Brasov. Por último, sobe ao palco o Penélope, com músicas do recém-lançado "Buganvília", além dos hits de "Mi Casa, Su Casa", disco de 1999.
Os paulistas eletrônicos do Bojo abrem a quinta-feira e são seguidos pelos cariocas batuqueiros do Bangalafumenga. Os já veteranos pernambucanos do Mundo Livre S.A., criado em 1984 e com quatro discos, mostram seu som de samba, samplers e guitarras.


FREE JAZZ PROJECT - Quando: hoje (Faces do Subúrbio, Academia Brasileira de Rimas e Marcelo D2 e Hip Hop Rio), amanhã (3 Dux, Brasov e Penélope) e quinta-feira (Bojo, Bangalafumenga e Mundo Livre S.A.), sempre às 21h30. Onde: Tom Brasil (r. Olimpíadas, 66, Vila Olímpia, tel. 3044-5665). Quanto: R$ 20.



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