São Paulo, Sábado, 04 de Setembro de 1999
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"Barrela" conta histórias da prisão

free-lance para a Folha


Um garoto comete uma pequena infração, é jogado num presídio e condenado a dividir uma cela com outros seis presos, todos barra-pesada.
Um bom motivo para fazer uma crítica à injustiça social? Não na visão de Plínio Marcos. A história desse menino é o tema de "Barrela", a primeira peça escrita pelo dramaturgo, em 1958, que está em cartaz no teatro Arena Eugênio Kusnet.
"Ele não questiona o fato de o menino ter sido colocado naquela cela. Apenas retrata toda a violência da disputa pelo poder que existe dentro da cadeia", explica o diretor da montagem, Sergio Ferrara. "Mas ele faz isso tentando mostrar quais motivos levam os presos a ter esse comportamento animal."
Ferrara conta que, na época do regime militar, a peça foi censurada, mas não acredita que isso venha a se repetir: "A violência atual do país é muito mais gritante. Aliás, Plínio costuma dizer que, se o Brasil continuar nesta situação, ele vai virar um escritor clássico". (ANA PAULA RAGAZZI)


Peça: Barrela
Com: Antonio Petrin, Jairo Mattos, Kaio Cezar e outros
Quando: sex. e sáb., às 21h; dom., às 20h
Onde: teatro de Arena Eugênio Kusnet (r. Teodoro Baima, 94, tel. 256-9463)
Quanto: R$ 20


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