São Paulo, domingo, 04 de outubro de 2009

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Crítica/"Tá Chovendo Hambúrguer"

Filme previsível aposta no 3D para levar família ao cinema

Divulgação
Flint, o garoto inventor cria máquina que faz chover comida

CRISTINA FIBE
DA REPORTAGEM LOCAL

"A Era do Gelo 3", com sucesso de bilheteria e roteiro apenas tolerável, já dava sinais de que o 3D levaria o mérito pelo dinheiro arrecadado. "Tá Chovendo Hambúrguer" é outro caso em que só o encanto com a tecnologia explica as multidões nos cinemas americanos.
O responsável por engordar um povoado é Flint, garoto inventor que vive em uma cidade onde o único alimento é a sardinha. O pai, pescador, quer que ele ajude a vender o peixe. A mãe, incentivadora, morre antes de ver as invenções dele.
Isolado e sem apoio, passa os dias em uma torre de cientista maluco. Lá, desenvolve um aparelho que transforma água em comida -dos hambúrgueres do título em português às almôndegas do nome original.
Só que a genial (e inacreditável) invenção de Flint vai parar nos ares. Nas nuvens, recebe ordens do computador do garoto -que, finalmente, ganha a admiração dos conterrâneos e o amor da "garota do tempo".
Embriagado pela fama, ele faz chover de tudo, até quase matar uma criança, numa crítica tosca aos hábitos alimentares americanos. Para piorar, a engenhoca não pode ser desligada, o que acaba em uma missão para salvar o mundo.
Nem uma linha do roteiro se desloca do que o espectador consegue prever. Nas mãos de dois diretores estreantes, Phil Lord e Chris Miller, a animação entrega soluções preguiçosas para conflitos pouco criativos, mesmo levando-se em conta a pouca idade do público-alvo.
Até os tais efeitos decepcionam -a sensação é a de que o filme foi planejado em 2D e repensado apressadamente para aproveitar o boom do 3D. Apesar de irregular, levará a família ao cinema -por enquanto.


Tá Chovendo Hambúrguer

Avaliação: ruim




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