São Paulo, domingo, 05 de abril de 2009

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Crítica/"Velozes e Furiosos 4"

Com Vin Diesel, quarto episódio da série de ação trata os atores como carros

Divulgação
O ator Vin Diesel em cena do filme "Velozes e Furiosos 4"

ALESSANDRO GIANNINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Parte da franquia de ação e carros iniciada em 2001, "Velozes e Furiosos 4" reúne novamente o elenco central do primeiro filme, com o bombado Vin Diesel à frente da tropa. Voltam também o galã Paul Walker, a filha de modelo brasileira Jordana Brewster e a atriz-problema de "Lost" Michelle Rodriguez.
Diesel, o anti-herói Dominic Toretto, não fez o segundo segmento e preparou sua volta com uma participação não creditada no terceiro, "Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio" (2006). Walker, o policial bonzinho Brian O'Conner, ainda participou da segunda parte, "+ Velozes + Furiosos" (2003). As duas atrizes simplesmente foram cuidar de suas carreiras nesse meio tempo.
Retomar Toretto, símbolo da lucrativa franquia, é uma maneira de Diesel tentar reverter o ciclo negativo de sua trajetória recente -honrosa exceção feita a "Find Me Guilty", no qual foi dirigido por Sidney Lumet. Em "Velozes e Furiosos 4", o personagem é levado de volta a Los Angeles quando recebe da irmã Mia (Jordana Brewster) a notícia da morte de Letty (Michelle Rodriguez). Ao tentar descobrir quem matou a antiga namorada, ele une forças com O'Connor (Paul Walker), que investiga as conexões de um misterioso traficante mexicano.
Como nos outros segmentos, "Velozes e Furiosos 4" retrata um mundo de mentira, em que carros tunados são construídos num piscar de olhos, em que as ruas de uma metrópole servem de pista de corrida e em que traficantes internacionais usam pilotos amadores para contrabandear droga pela fronteira entre os EUA e o México. Sem que seja essa a intenção, a primeira reação ao ver coisas dessa natureza no filme é rir, o que o transforma em uma comédia involuntária.
Justin Lin, que dirigiu "Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio", assina também esta quarta parte. Nos dois filmes, vê-se que bebeu na fonte primária desse gênero, "Bad Boys" (1995), de Michael Bay. Lin tem o domínio do meio cinematográfico, sabe de que maneira a fotografia ressalta as diferenças e também como operar as câmeras nas cenas de ação sem deixar o espectador tonto. O problema dele é que parece tratar até os atores como carros.

Avaliação: ruim



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