São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002

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Restaurantes e bares transmitem apuração dos votos; "lei seca" termina às 19h

Segundo turno

Tuca Vieira/Folha Imagem
Frequentadores do Armazém Paulista, bar que oferece um chope gratuito hoje


Programação cultural sofre poucas alterações, mas Pinacoteca, MAC, CCBB e CCSP não abrem hoje

DA REDAÇÃO

Mesmo com toda a mobilização em torno das eleições de hoje, opções culturais e de diversão, ainda que reduzidas, podem ser encontradas pelo paulistano antes ou depois do cumprimento da obrigação eleitoral. Dentro do espírito do dia, alguns bares e restaurantes de São Paulo vão disponibilizar TVs e telões para exibir a cobertura da apuração. O clima de decisão, com a promessa de uma definição rápida devido à utilização das urnas eletrônicas, poderá ser acompanhado nesta noite nos balcões e mesas de alguns locais.
Entre as opções estão a pizzaria Cristal, no Jardim Paulistano, com aparelhos de TV de 34 polegadas, e o bar de inspiração portuguesa Espírito Santo, no Itaim. Outra alternativa é o telão instalado no restaurante Ecco, no Jardim Europa, de cozinha variada.
Durante o período da "lei seca", que vai vigorar entre 7h e 19h deste domingo, uma saída são os drinques sem álcool que o restaurante T.G.I. Friday's serve. O cardápio possui smoothies, bebidas feitas de sucos de diversas frutas e sorvete, e flings, também preparados com sucos.
Depois das 19h, com o consumo de álcool já liberado, os proprietários do Armazém Paulista, aconchegante espaço em Moema, prometem oferecer um chope aos clientes por conta da casa.
Embalados por uma mistura de bossa nova, black music e funk comandada pelos músicos do Marcondes Quarteto, os eleitores que forem ao Le Caipirinha podem experimentar versões exóticas do tradicional drink brasileiro, como a de amora.
O disputado projeto Grind, do DJ e promoter André Pomba, é outra pedida bacana para os fãs de rock, anos 80 e glitter. A festa, que acontece todos os domingos no clube GLS A Lôca, começa às 19h e vai até as 5h da manhã de amanhã.

Teatro
Já o teatro, essencialmente, não altera sua rotina por conta das eleições, uma vez que muitas das peças têm início após o término da votação, às 17h.
Três delas, entretanto, não são apresentadas hoje. "FrankensteinS", com direção de Jô Soares e elenco formado por Bete Coelho, Clara Carvalho, Mika Lins e Paulo Gorgulho, em cartaz no Cultura Artística, não tem sessão.
No mesmo teatro, "Sete Minutos", texto do ator Antonio Fagundes e direção de Bibi Ferreira, também suspende sua apresentação normal, mas, segundo a produção do espetáculo, não por causa das eleições, mas por conta de um concerto que ocorrerá na sala.
"Nervos de Deus", espetáculo dirigido por Eugênia Thereza de Andrade, baseado em relato de um juiz alemão que descreveu sua perda da sanidade mental, não é, da mesma forma, encenado. O Centro Cultural São Paulo, onde é montado, não abre hoje.

Artes plásticas
Como o CCSP, outras instituições que fecham em decorrência das eleições também deixam de apresentar suas exposições. É o caso do Centro Cultural Banco do Brasil, do Itaú Cultural, do Museu de Arte Contemporânea, da Pinacoteca, do Memorial da América Latina e do Museu Lasar Segall.
Dentre os museus e centros culturais que funcionam normalmente, boas opções são a exposição "Paris 1900", no Masp, e "Rebolo - 100 Anos", no MAM, ambas terminando hoje.
A primeira traz peças importantes produzidas na capital francesa no período da Belle Époque. Vindas do Petit Palais, obras de artistas como Toulouse-Lautrec, Rodin, Cézanne e Renoir, além de fotografias, esculturas, gravuras e pinturas que tentam descrever a Paris daquele começo de século.
"Rebolo - 100 Anos" é uma retrospectiva que homenageia o centenário de nascimento do pintor Francisco Rebolo, ex-jogador do Corinthians que integrou o grupo Santa Helena.
O grupo é também objeto de exposição no Centro Cultural Fiesp: "Operários na Paulista: MAC-USP e os Artistas Artesãos" traz obras de Rebolo e de seus colegas Volpi, Aldo Bonadei e Pennacchi, entre outros.
A Faap, que sedia a exposição "China: A Arte Imperial, a Arte do Cotidiano, a Arte Contemporânea", e o Instituto Tomie Ohtake, com a coletiva "O Mapa do Agora", que tem obras vindas do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, também funcionam normalmente hoje.
(ALEXANDRA MORAES, DIEGO ASSIS, PEDRO IVO DUBRA E SHIN OLIVA SUZUKI)


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