São Paulo, segunda-feira, 06 de dezembro de 2010

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Mostra desvenda produção paulista de audiovisual

Evento, que começa hoje e vai até o próximo domingo, apresenta total de 289 obras em 36 espaços de exibição

Entre os trabalhos exibidos, estão curtas-metragens, séries de televisão, webséries, comerciais e videoclipes


Divulgação
"Passeio de Família", curta-metragem de Maria Clara Escobar, que faz parte da mostra

DANIEL MÉDICI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Boa parte do audiovisual brasileiro é produzida em São Paulo. Ainda assim, são poucos os que arriscam definir o que é o cinema paulista, apontar o que o difere da produção de outros Estados.
Este é um dos objetivos da 22ª Mostra do Audiovisual Paulista, que começa hoje e vai até domingo. O evento reúne 289 trabalhos, a serem exibidos em 36 salas.
Criada em 1987, a mostra não ocorreu nos últimos dois anos, por falta de patrocinador, função que a Petrobras volta a exercer neste ano.
A programação abrange curtas-metragens, vinhetas, séries feitas para TV ou internet, comerciais, videoclipes.
"Há tanta opção na produção paulista que nem precisamos fazer uma convocatória para a mostra. Todos os participantes foram convidados pela curadoria", afirma Francisco Cesar Filho, fundador e curador do evento.
Só não entram na mostra os longas comerciais. "Talvez, no futuro, passemos a incorporar alguns. Notamos que há uma produção emergindo no Brasil que não consegue chegar ao circuito comercial. Mas ainda é só uma possibilidade", diz Cesar.
Para o trabalho ser aceito pela mostra, o diretor ou a produtora tem de ser paulista. Mas o que revela, afinal, o recorte da mostra?

TRAÇO DISTINTIVO
Mesmo Cesar acha difícil responder. Para ele, a maior especificidade é a temática, centrada na metrópole e nas pressões que ela provoca.
Cesar lembra de uma única tentativa de se constituir um cinema regional: nos anos 1980, com o chamado Novo Cinema Paulista.
"Nessa época, havia um outro traço distintivo: a preocupação com o apuro técnico. Acusavam o cinema paulista de ser uma "ditadura da fotografia", "ditadura da direção de arte". Hoje isso já está assimilado no cinema brasileiro em geral", afirma.
Ele frisa, no entanto, a origem paulista do fenômeno. "Herdamos isso da publicidade, instalada em São Paulo desde os anos 60."

22ª MOSTRA DO AUDIOVISUAL PAULISTA
QUANDO de hoje a domingo
ONDE programação completa em www.mostraaudiovisual.com.br
QUANTO grátis
CLASSIFICAÇÃO não informada


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