Orquestra executa sinfonia de Tchaikovski e homenageia Ennio Morricone hoje, às 17h, na Sala São Paulo

Fernando Mucci/Divulgação

O regente João Carlos Martins em ensaio da filarmônica

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma performance da "Sinfonia nº 4" de Tchaikovski, seguida por um tributo ao compositor italiano de trilhas para cinema Ennio Morricone, 81, abrem hoje, na Sala São Paulo, a temporada da Filarmônica Bachiana Sesi-SP, do pianista e regente João Carlos Martins.
Depois de dirigir a orquestra na obra de Tchaikovski, Martins se senta ao piano, para executar o segundo movimento do "Concerto para Piano nº 23" de Mozart, e a homenagem a Morricone, com regência de seu assistente, Sergei Eleazar de Carvalho -filho do maestro cearense Eleazar de Carvalho (1912-1996), que comandou a Osesp por 24 anos.
Totalmente custeada pela iniciativa privada, a orquestra é uma fusão das iniciativas anteriores de Martins: aos 45 bolsistas da Bachiana Jovem (que recebem ajuda de custo de R$ 1.000) se juntam 20 profissionais que integravam a Bachiana Filarmônica (com remuneração de R$ 4.000).
"Para que os jovens pudessem avançar, era importante que tocassem junto com os professores. E, ao contrário de todas as outras orquestras do Brasil, a única pessoa que não recebe salário sou eu", diz Martins, que faz 70 anos em 25 de junho e, em 19 de setembro, dirige a filarmônica no Lincoln Center, em Nova York, na véspera da abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Em São Paulo, ao longo do ano, a filarmônica faz cinco apresentações, alternando grandes sinfonias do repertório com músicas de filmes. Assim, dia 24 de abril, na Sala São Paulo, o programa traz a primeira sinfonia de Brahms e um tributo a Michel Legrand.