São Paulo, Domingo, 07 de Novembro de 1999
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O BOM DO DIA

Grupo vai atuar com Johnny Depp

Taraf de Haidouks é destaque do Fiac

VALMIR SANTOS
free-lance para a Folha

A presença dos 11 músicos do conjunto musical Taraf de Haidouks, da Romênia, contrasta com a arquitetura arrojada do Sesc Vila Mariana, onde eles se apresentam hoje à noite (veja quadro acima).
São homens simples, quarentões na média (o mais velho tem 75 anos), donos de uma alegria que transforma qualquer momento em música. Tomando cerveja na lanchonete ou no interior do ônibus que os conduz pelas ruas de São Paulo, jamais perdem a deixa.
"Nossa música vem do homem para o homem, vem do coração para o coração", resume o acordeonista Manole Ionel, 34.
Essa música, irradiada por meio de instrumentos rústicos, alguns construídos há décadas, foi escolhida para pontuar o novo filme do diretor Sally Portter, "The Man Who Cried" (O Homem que Chorou), com previsão de lançamento mundial para maio de 2000.
"Depois do Brasil, a gente vai para Los Angeles, onde devemos nos apresentar numa casa de shows comandada por Johnny Depp", avisa o produtor belga Michel Winter, 43, responsável pela turnê do Haidouks no país.
No filme, Depp interpreta um cigano que vive em Paris durante a Segunda Guerra Mundial. Além de tocar, os músicos do Haidouks atuam como a "família" do personagem, contracenando em um bar ou entoando uma mandala juntos.
O Brasil está se acostumando com os artistas da Romênia. O grupo Teatro Nacional de Craiova, por exemplo, já esteve duas vezes no Fiac. "Também estamos passando por um momento econômico muito difícil", afirma o contrabaixista Vlad Viorel, 40, comparando seu país ao Brasil.


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