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O BOM DO DIA
Grupo vai atuar com Johnny Depp
Taraf de Haidouks é destaque do Fiac
VALMIR SANTOS
free-lance para a Folha
A presença dos 11 músicos do
conjunto musical Taraf de Haidouks, da Romênia, contrasta
com a arquitetura arrojada do
Sesc Vila Mariana, onde eles se
apresentam hoje à noite (veja
quadro acima).
São homens simples, quarentões na média (o mais velho tem
75 anos), donos de uma alegria
que transforma qualquer momento em música. Tomando
cerveja na lanchonete ou no interior do ônibus que os conduz pelas ruas de São Paulo, jamais perdem a deixa.
"Nossa música vem do homem para o homem, vem do coração para o coração", resume o
acordeonista Manole Ionel, 34.
Essa música, irradiada por
meio de instrumentos rústicos,
alguns construídos há décadas,
foi escolhida para pontuar o novo filme do diretor Sally Portter,
"The Man Who Cried" (O Homem que Chorou), com previsão
de lançamento mundial para
maio de 2000.
"Depois do Brasil, a gente vai
para Los Angeles, onde devemos
nos apresentar numa casa de
shows comandada por Johnny
Depp", avisa o produtor belga Michel Winter, 43, responsável pela
turnê do Haidouks no país.
No filme, Depp interpreta um
cigano que vive em Paris durante
a Segunda Guerra Mundial. Além
de tocar, os músicos do Haidouks
atuam como a "família" do personagem, contracenando em um
bar ou entoando uma mandala
juntos.
O Brasil está se acostumando
com os artistas da Romênia. O
grupo Teatro Nacional de Craiova, por exemplo, já esteve duas vezes no Fiac. "Também estamos
passando por um momento econômico muito difícil", afirma o
contrabaixista Vlad Viorel, 40,
comparando seu país ao Brasil.
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