São Paulo, terça-feira, 08 de março de 2005

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Globo relança "O Caderno Rosa"

DA REDAÇÃO

"O Caderno Rosa de Lori Lamby" (R$ 35; 128 págs.), de Hilda Hilst, será relançado pela editora Globo no próximo dia 18, no Sesc Pinheiros, durante o projeto "Palavra Viva: Hilda Hilst". Este é o 15º volume reeditado pela Globo desde 2001 -o primeiro livro de "Obras Reunidas de Hilda Hilst" foi "A Obscena Senhora D".
Ao longo dos quatro dias de evento, serão sorteados ao público separadamente os volumes de uma coleção, disponível também na área de leitura do Sesc Pinheiros. Quem quiser poderá comprá-los com 20% de desconto.
Considerada a mais polêmica de Hilst, a obra faz parte da chamada fase pornográfica da escritora e causou controvérsia à época de seu lançamento. Hilst disse ter escrito "O Caderno Rosa..." para ter o reconhecimento do público e conseguir vender livros.
A publicação tem como personagem uma menina de oito anos que se prostitui incentivada pelos pais. Aos textos escritos em forma de diário, Hilst intercala citações pervertidas de autores como Henry Miller e Georges Bataille.

Mostra
A obra de 1990 é tema também da exposição "O Caderno Rosa de Hilda Hilst", exibida no Centro de Documentação Cultural Alexandre Eulalio, da Unicamp, até o dia 29 de abril. A mostra, com curadoria da pós-doutoranda Cristiane Grando, estudiosa da obra de Hilst, tem originais do livro em suas várias versões, manuscritos com alterações, fotos, cartas e recortes de jornal. Os desenhos originais de Millôr Fernandes estão entre os itens exibidos.
O centro, que já fez exposições mais biográficas sobre a escritora, optou por destacar nesta apenas "O Caderno Rosa de Lori Lamby" -primeiro da tetralogia obscena, completada por "Contos d'Escárnio. Textos Grotescos", "Bufólicas" e "Cartas de um Sedutor".


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