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Globo relança "O Caderno Rosa"
DA REDAÇÃO
"O Caderno Rosa de Lori
Lamby" (R$ 35; 128 págs.), de Hilda Hilst, será relançado pela editora Globo no próximo dia 18, no
Sesc Pinheiros, durante o projeto
"Palavra Viva: Hilda Hilst". Este é
o 15º volume reeditado pela Globo desde 2001 -o primeiro livro
de "Obras Reunidas de Hilda
Hilst" foi "A Obscena Senhora D".
Ao longo dos quatro dias de
evento, serão sorteados ao público separadamente os volumes de
uma coleção, disponível também
na área de leitura do Sesc Pinheiros. Quem quiser poderá comprá-los com 20% de desconto.
Considerada a mais polêmica
de Hilst, a obra faz parte da chamada fase pornográfica da escritora e causou controvérsia à época de seu lançamento. Hilst disse
ter escrito "O Caderno Rosa..."
para ter o reconhecimento do público e conseguir vender livros.
A publicação tem como personagem uma menina de oito anos
que se prostitui incentivada pelos
pais. Aos textos escritos em forma
de diário, Hilst intercala citações
pervertidas de autores como
Henry Miller e Georges Bataille.
Mostra
A obra de 1990 é tema também
da exposição "O Caderno Rosa de
Hilda Hilst", exibida no Centro de
Documentação Cultural Alexandre Eulalio, da Unicamp, até o dia
29 de abril. A mostra, com curadoria da pós-doutoranda Cristiane Grando, estudiosa da obra de
Hilst, tem originais do livro em
suas várias versões, manuscritos
com alterações, fotos, cartas e recortes de jornal. Os desenhos originais de Millôr Fernandes estão
entre os itens exibidos.
O centro, que já fez exposições
mais biográficas sobre a escritora,
optou por destacar nesta apenas
"O Caderno Rosa de Lori Lamby"
-primeiro da tetralogia obscena,
completada por "Contos d'Escárnio. Textos Grotescos", "Bufólicas" e "Cartas de um Sedutor".
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