São Paulo, quarta-feira, 09 de fevereiro de 2011
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"Timeless" recupera gênios da sonoridade Cultuada série de três filmes investiga obra de músicos como o carioca Arthur Verocai
FABRICIO VIEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Tudo começou em 2009 com a realização de concertos que visavam resgatar a obra de três músicos de distintas origens e sonoridades. Etiópia, EUA e Brasil foram as paradas. Nascia assim a cultuada série "Timeless". Formada por três filmes, "Timeless" visita a música de nomes tão diferenciados quanto geniais. Centrados nos concertos, com imagens de bastidores e conversas com os músicos, os filmes são independentes, cada um focando um compositor. A presença brasileira é marcada por Arthur Verocai, carioca pouco conhecido mesmo por aqui. Verocai, 65, é autor de um álbum lendário de 1972, fora de catálogo por longuíssimo tempo. Em 2003, um pequeno selo decidiu editá-lo nos EUA. O disco caiu nas graças de DJs e levou à (re)descoberta do músico. É exatamente esse álbum (titulado apenas "Arthur Verocai") que serve de base ao show. Os outros dois artistas recuperados em "Timeless" são o produtor de hip-hop James "Dilla" Yancey (1974-2006), que tem seus beats relidos por uma orquestra; e o etíope Mulatu Astatke, criador do "Ethio-Jazz", marcado por elementos de funk, jazz e ritmos afro-latinos. O diretor de "Timeless", o irlandês Brian Cross (mais conhecido como B+), disse à Folha que conheceu Verocai quando seu disco saiu nos EUA e que ficou tocado com os arranjos de cordas e a peculiar melancolia brasileira. "No começo, foi assustador assumir um projeto com shows de pessoas que ninguém conhecia muito. Mas logo as histórias se espalharam e o público respondeu em grande estilo. O Brasil representa uma parte relevante [do projeto] e um ciclo se completa ao podermos levar o filme até aí", disse Cross. TIMELESS DIREÇÃO Brian Cross QUANDO hoje, amanhã e sexta, às 21h30 ONDE Espaço Unibanco Augusta (r. Augusta, 1.475, tel. 3288-6780) CLASSIFICAÇÃO não informada Índice | Comunicar Erros |
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