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"Cats" chega ao Brasil com fábula sobre aceitação
Musical aborda gata que tenta retornar a grupo
Divulgação
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Cena do musical "Cats', que roda o mundo há quase 25 anos |
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar dos ares de superprodução em torno do musical
americano "Cats", que vem ao
Brasil pela primeira vez, é possível vislumbrar algumas janelas de reflexão no enredo que
há 25 anos corre o mundo.
Pelo menos é a percepção do
ator Philip Peterson, incorporado ao elenco este ano. Para
ele, a universalidade da obra diz
respeito à aceitação. A gata Grizabella (Angie Smith) anda cabisbaixa porque é evitada em
sua tribo. Certa noite, ela a deixa para conhecer o mundo lá
fora. De volta ao beco, é rejeitada e passa maus bocados.
"Na história de Grizabella está contida a idéia de que aqueles que vivem fora dos padrões
da sociedade podem ser perdoados e retornar incondicionalmente ao seu grupo, é o que
podemos aprender", diz Peterson, intérprete de Old Deuteronomy, o personagem a quem
cabe a decisão de escolher um
dos gatos para ir a um lugar especial onde poderá renascer
para uma nova "vida Jellicle".
Eis o mote algo adocicado
que foi inspirado em livro infantil de poemas do norte-americano americano T.S. Elliot,
"Old Possum's Book of Pratical
Cats" (1939), fruto da observação contínua do comportamento de seus próprios gatos.
Com letras originais de Tim
Rice e arranjos do inglês Andrew Lloyd Webber (de "O
Fantasma da Ópera"), o musical "Cats" estreou em Londres
em 1981. A turnê já passou por
20 países e inicia temporada
paulista hoje, no Credicard
Hall, e depois vai ao Rio, no Claro Hall (30/8 a 3/ 9).
Peterson é um dos 25 atores
do elenco. Ao todo, são cerca de
70 profissionais estrangeiros,
incluindo equipe técnica e músicos da orquestra. Os diretores
e coreógrafos da montagem
original (Gillian Lynne e Trevor Nunn) são substituídos na
turnê por Richard Stafford.
O ator Philip Peterson atribui a boa recepção de "Cats" à
variedade de músicas e personagens que apresenta. "Cada
espectador sai ao final com um
gato preferido", afirma.
Para o ator, o desafio em interpretar um musical antigo é
manter a proposta original de
seus criadores. "Sem permitir
que os modernos recursos tecnológicos atrapalhem a performance. Ao contrário, eles devem servir de contrapeso ao
sentimento que pretendemos
transmitir em cena."
(VS)
CATS
Onde: Credicard Hall (av. das Nações
Unidas, 17.955, tel. 6846-6000)
Quando: estréia hoje, às 21h30; ter. a
sex., às 21h30; sáb., às 17h e 21h30; e
dom., às 16h e 20h30. Até 27/8
Quanto: de R$ 80 a R$ 200
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