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Para crítico e diretores, assistir à companhia é experiência singular
DA REPORTAGEM LOCAL
A receptividade que Juliana
Carneiro da Cunha espera que
o Théâtre du Soleil provoque
em suas apresentações no Brasil, pelo modo peculiar de produzir e criar espetáculos, é
compartilhada por personalidades do meio teatral que já assistiram a montagens da diretora Ariane Mnouchkine.
O crítico Sábato Magaldi, 80,
assistiu a peças da companhia
na década de 80. Afirma que a
aguardada turnê constitui experiência importante tanto para o público quanto para os artistas cênicos. "Aqui, estamos
acostumados ao teatro que demora no máximo duas horas. O
espectador perceberá que um
tempo maior permite justamente aprofundar os significados da peça."
O diretor Antunes Filho, 77,
praticamente viu o grupo nascer. Estava em Paris, há 40
anos, quando assistiu a "A Cozinha", de Arnold Wesker. "Depois, vi alguns Shakespeare que
a Mnouchkine montou na década de 80", diz.
Para Antunes, o local escolhido para as apresentações, a futura sede do Sesc Belenzinho,
na zona leste, é coerente com a
linguagem do Soleil. Ali, alguns
galpões já expunham a vocação
do espaço em receber produções alternativas.
O diretor Sérgio de Carvalho,
da Companhia do Latão, conheceu o grupo nos anos 90.
Viu em Paris a montagem de
"Tartufo", de Molière. "Um dos
diferenciais do Théâtre du Soleil é assumir o teatro não só
pela forma mas também pela
atitude", diz Carvalho, 40. Para
o diretor, é um projeto artístico
que convida o espectador a assumir outra relação no hábito
tradicional de consumir arte.
Desde o início dos anos 80,
outros dois brasileiros integram o Soleil: os também cariocas Pedro Guimarães (cozinheiro) e Naruna de Andrade (recepção ao público).
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