PEDRO IVO DUBRA
DA REDAÇÃO

Num encontro inédito, a Orquestra Jazz Sinfônica convida a Orquestra Popular de Câmara para, juntas, realizarem hoje uma apresentação na Sala São Paulo, às 18h, na série Compositores.
O concerto marca a primeira aparição pública da Popular de Câmara, depois da gravação de seu segundo CD, em outubro. Há previsão de que o disco seja lançado no início do ano que vem.
Sem nome ainda, o CD conta com repertório que será em parte hoje executado. Entre as novas composições do trabalho, estão "Jabaculê no Jabour", de Teco Cardoso, e "Malunga", de Caíto Marcondes. Ambas criadas por integrantes do conjunto e incluídas no programa.
Antes de a convidada aportar, a Jazz Sinfônica, que tem por volta de 90 músicos, regida por Cyro Pereira, mostra "A Lyra do Lyra", do maestro, e arranjo para "Manhã de Carnaval", de Luiz Bonfá e Antônio Maria. Sucede-o o maestro-adjunto da orquestra, João M. Galindo. A direção artística do concerto fica a cargo de Marcelo Jaffé.
"Os dois grupos são excêntricos, no bom sentido. A Jazz parece uma orquestra sinfônica tradicional, mas tem a big band, não há aquele formalismo, aquela formalidade. A Popular de Câmara é uma banda excêntrica também, uma banda que virou orquestra", afirma Galindo, 42.
"O que há é uma disponibilidade para fazer música com liberdade, há um encontro de posturas", diz Mônica Salmaso, 31, a voz da Popular de Câmara, acerca das afinidades guardadas.
A cantora não sabe ainda quando lança CD solo. "Talvez no primeiro semestre de 2003."
Entre os projetos da Orquestra Jazz Sinfônica, há a mixagem de um CD com Toquinho, resultado de um encontro com o músico em que foram interpretados alguns sucessos -"Tarde em Itapuã" e "Samba de Orly", por exemplo. Não se sabe ainda se o disco terá lançamento comercial.