São Paulo, quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

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Belas Artes se despede com clássicos

Prestes a fechar, cinema promove último Noitão amanhã e inicia ciclos com filmes marcantes da sétima arte e do lugar

Mostras especiais terão duas sessões diárias; nas demais, continuará sendo exibida até 27/1 a programação regular

ELISANGELA ROXO
COLABORAÇÃO PARA FOLHA

Antes das portas do Cine Belas Artes serem fechadas de uma vez, elas se abrem mais para o público: começam amanhã duas mostras de filmes clássicos do cinema e do próprio Belas Artes.
A primeira terá produções memoráveis, como o russo "O Encouraçado Potemkin" (1925), o clássico de guerra "Apocalypse Now" (1979) e a comédia com Marilyn Mon- roe "Quanto Mais Quente Melhor" (1959).
Já a mostra "Sucessos do Belas Artes" foi organizada para lembrar a tradição cinéfila do velho prédio entre a Consolação e a Paulista, que funciona desde 1943. Entre os clássicos exibidos, estão o italiano "Morte em Veneza" (1971) e o francês "A Guerra dos Botões" (1962).
As sessões acontecem todos os dias, a partir de amanhã, sempre às 18h30 e às 21h, até a data marcada para o fechamento das portas do cinema: 27 de janeiro (veja quadro ao lado).
Até lá, a programação regular continua, nas demais sessões. O francês "Medos Privados em Lugares Públicos" (2006), de Alain Resnais, que tem sessão cativa no Belas Artes desde 13 de julho de 2007, segue sendo exibido, às 16h10.

ATÉ DE MADRUGADA
Para amanhã está marcado ainda o 80º e último Noitão do Belas Artes, com o tema "A Noite Que Fica". A maratona cinematográfica, que tem três filmes com elementos temáticos comuns e um filme-surpresa, acontece desde 2004, sempre na segunda sexta-feira do mês.
A seleção desta última edição pincelou produções que marcaram outros Noitões. Como é praxe nessa programação que se estende madrugada adentro, no final é servido café da manhã aos que resistirem à maratona.

RETROSPECTIVA
A ameaça do fechamento já rondava o Belas Artes desde o ano passado, por falta de patrocínio. O proprietário do cinema, André Sturm, conseguiu na época atrair o apoio necessário para manter o funcionamento.
No dia 30 de dezembro, porém, ele foi notificado de que o prédio deveria ser entregue ao proprietário, Flávio Maluf, que pretende alugar o espaço para uma loja.


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