São Paulo, quinta-feira, 13 de fevereiro de 2003 |
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MÚSICA Shows e filmes demarcam o percurso migratório e social do gênero "Aula" ilustra a história do samba
DA REPORTAGEM LOCAL O Sesc Santo André repassa alguns capítulos do bê-á-bá do samba a partir de hoje. Espécie de cartilha visual e sonora de um recorte do gênero-símbolo da música brasileira, o projeto "O Samba Mandou Me Chamar" promove uma aula histórica e geográfica em cinco lições -quatro delas até domingo; a outra, isolada no dia 23. O evento demarca o percurso migratório do samba, da matriz baiana representada por Riachão à tradição carioca de Nelson Sargento. De São Paulo, vêm os demais, seja na versão sincopada/malandra de Germano Mathias, seja no formato exaltação de avenida de "seo" Nenê de Vila Matilde. A aula mais ilustrativa do projeto, porém, é audiovisual. Sete curtas-metragens, dois médias e três longas traçam um perfil social e humano do gênero, por meio de alguns de seus personagens mais significativos. A exibição de filmes está estruturada em duas formas. Parte será vista como preâmbulo dos shows; cinco dos curtas, projetados em bloco -que vai do glorioso "Nelson Cavaquinho" (1969), de Leon Hirszman, ao perspicaz "Onde a Coruja Dorme" (2001), que destrincha o universo de Bezerra da Silva. Os demais curtas são originários dos anos 70: "Conversa de Botequim" (72), "Partido Alto" (73) e "Álbum de Música" (74). Os longas traduzem um salto histórico considerável. Entre o clássico "Rio Zona Norte" (57), de Nelson Pereira dos Santos, e o documentário "Samba Riachão", de Jorge Alfredo (2000), há um hiato de 43 anos -entrecortado por retratos de ícones paulistas, como nos médias "Geraldo Filme" (98) e "Catedrático do Samba" (99). (IV) O SAMBA MANDOU ME CHAMAR. Onde: Sesc Santo André (r. Tamarutaca, 302, tel.: 4469-1200). Quando: de hoje a sáb., a partir das 20h (início dos filmes), dom., às 17h30, e 23/2, às 13h. Quanto: entrada franca (apenas filmes) e R$ 6 a R$ 12 (shows). Índice |
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