São Paulo, terça-feira, 13 de novembro de 2007

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Crítica

Filme retrata homossexuais muçulmanos

CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA

A palavra "jihad" ganhou, aos olhos ocidentais guiados pela ilógica do terror, o sentido limitado de "guerra santa", como se houvesse um complô muçulmano para eliminar o lado "satânico" do mundo. "A Jihad for Love", documentário que é um dos destaques da programação do Mix Brasil, reafirma o sentido de "luta", de "batalha" contido no termo para expressar a difícil realidade dos homossexuais que vivem sob o islã.
O trabalho do diretor Parvez Sharma registra com pudor a situação de gays e lésbicas muçulmanos em países como África do Sul, Egito, Turquia e Irã.
Com exceção de um casal de lésbicas turcas, os outros personagens vivem em confronto com a lei do Alcorão, que contém uma passagem na qual o homossexualismo é considerado um crime punido com a pena de morte, de acordo com exegetas do texto sagrado.
Aos gays submetidos à perseguição não resta muito mais que fingir ser heterossexual, esconder-se ou fugir em busca de alguma liberdade em lugares como Paris ou o Canadá. Para eles, viver a diversidade sexual tem o sentido exclusivo de adversidade.


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