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Crítica
Filme retrata homossexuais muçulmanos
CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA
A palavra "jihad" ganhou, aos olhos ocidentais
guiados pela ilógica do terror, o sentido limitado de
"guerra santa", como se
houvesse um complô muçulmano para eliminar o
lado "satânico" do mundo.
"A Jihad for Love", documentário que é um dos
destaques da programação
do Mix Brasil, reafirma o
sentido de "luta", de "batalha" contido no termo para expressar a difícil realidade dos homossexuais
que vivem sob o islã.
O trabalho do diretor
Parvez Sharma registra
com pudor a situação de
gays e lésbicas muçulmanos em países como África
do Sul, Egito, Turquia e
Irã.
Com exceção de um casal de lésbicas turcas, os
outros personagens vivem
em confronto com a lei do
Alcorão, que contém uma
passagem na qual o homossexualismo é considerado um crime punido
com a pena de morte, de
acordo com exegetas do
texto sagrado.
Aos gays submetidos à
perseguição não resta
muito mais que fingir ser
heterossexual, esconder-se ou fugir em busca de alguma liberdade em lugares como Paris ou o Canadá. Para eles, viver a diversidade sexual tem o sentido exclusivo de adversidade.
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