São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2010

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FOCO

"Medos Privados em Lugares Públicos" registra três anos em cartaz em São Paulo

Silvia Zamboni/Folhapress
Cena de "Medos Privados em Lugares Públicos", de Alain Resnais, vista de dentro da sala de projeção do Cine Belas Artes

AMANDA QUEIRÓS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Toda sexta, entre estreias na programação de cinema, algo permanece inalterado: a sessão diária de "Medos Privados em Lugares Públicos" (2006), de Alain Resnais.
O longa francês chegou ao Brasil em 2007 e, desde então, não abandonou São Paulo. Ontem, ele completou três anos de exibição ininterrupta no Cine Belas Artes, na região da avenida Paulista.
A marca supera a de outro recordista, "9 1/2 Semanas de Amor", que ficou dois anos e meio em cartaz na cidade, entre 1986 e 1989.
Outros longas de Resnais estrearam no último ano, mas já saíram do circuito. "Beijo na Boca, não!" (2003) e "Ervas Daninhas" (2009), acumularam, juntos, público de 55 mil em todo o Brasil.
Nesses três anos, "Medos Privados" foi visto por pouco mais de 90 mil pessoas somente em São Paulo, segundo a distribuidora Pandora, cujo proprietário, André Sturm, é também sócio do cine Belas Artes.
"Para o mercado de filmes de arte, é uma marca muito boa", diz Pedro Butcher, editor do Filme B, portal de análise do setor cinematográfico.
Com os anos, a única sessão diária no Belas Artes migrou para o período da tarde e ali ficou. De acordo com a gerente Deize Perin, o filme é o mais assistido durante a semana na faixa das 14 horas.
Segundo ela, boa parte do público vai justamente por conta do boca a boca e para entender o porquê da longevidade do filme. No feriado da última sexta, havia 40 pessoas na sala.
Para Sturm, o longa tem um "caso de amor" com São Paulo. "Gosto do filme, mas ele não estaria em cartaz se não houvesse público. Há estreias recentes que não fazem esse público", afirma.


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